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Obstáculos em Soldagem Robótica na Indústria Brasileira

Article-Obstáculos em Soldagem Robótica na Indústria Brasileira

Obstáculos em Soldagem Robótica na Indústria Brasileira_Powermig.png

Quando a empresa Powermig Automação e Soldagem iniciou suas atividades, os serviços da empresa limitavam-se à manutenção de máquinas de soldagem. No projeto desses equipamentos, uma das preocupações principais era como obter economia de energia combinada com maior potência. Ainda, interferências de ruídos sobre as medidas de tensão, flutuações na tensão da rede elétrica, variações de impedância ou mesmo massas metálicas magnéticas são fatores que poderiam afetar o resultado alcançado por máquinas de soldagem. Bem como, essas máquinas entram no conjunto das principais causas das flutuações de tensão em redes elétricas industriais.

Como resultado, perda de rendimento e variação de potência e torque em máquinas elétricas. Ou então, interferência em sistemas de proteção. Por fim, quando um equipamento desses era direcionado para a manutenção, por vezes a decisão era o descarte. Os custos da manutenção eram inviáveis ao serem comparados com a aquisição de novo equipamento.

Entender a realidade do setor de solda na indústria e trabalhar no atendimento dos interesses dessa indústria foi escopo da companhia Powermig desde o início de suas atividades, 15 anos atrás. Nesse sentido, o direcionamento de suas atividades passou da manutenção de máquinas de solda para a industrialização de células robotizadas de soldagem. A expertise obtida nos anos iniciais como empresa de manutenção foi base para o desenho do modelo de atividades que sucedeu.

Nesse momento, a soldagem industrial no Brasil, sede da matriz da companhia Powermig, possuía células robotizadas em sua maioria na indústria automobilística. A soldagem robotizada, comparada à soldagem manual, supera essa por ser mais precisa, rápida e por mitigar os riscos para os humanos. Problemas relacionados à ineficiência energética no processo manual, baixa produtividade, baixa qualidade no produto soldado e efeitos negativos sobre o profissional de soldagem, desde a fadiga até consequências maiores para sua saúde são fatores que fundamentam a automação em soldagem.

A indústria automobilística facilmente absorveu a automação da soldagem em suas linhas de produção. Por outro lado, o desafio era levar para os demais segmentos industriais o acesso a essa solução.

Os custos e as limitações em aplicação produziram obstáculos que o setor automobilístico superou mais facilmente do que os demais setores industriais. Entretanto o mundo da soldagem estava se transformando. Novas tecnologias, novas descobertas e desenvolvimentos resultavam de pesquisas e investimentos em inovação em soldagem industrial. Somando-se à soldagem robotizada, os computadores de bordo e programas embarcados, o uso da combinação de gases e novos arames com ligas metálicas de alta sofisticação. A soldagem em laser-arco, hibrida, superando as limitações da soldagem laser de alto custo e aplicações limitadas. Também a soldagem MIG/MAG – soldagem por arco elétrico - para processos de solda em ligas de aço para automóveis. Ou o uso da tecnologia a laser em alumínio ou aço de baixo carbono.

Perceber que soldagem automatizada é necessária para além do setor automobilístico e agir nesse sentido, fundamentou a tomada de decisão acerca do papel da companhia. A indústria necessita da automação na soldagem, necessita de modelos diferenciados, especiais, pois é inviável se encaixar em modelos como os que atendem o setor automobilístico. Essa indústria necessita de células especiais e necessita automatizar seus processos para evitar perder clientes. Produção mais sustentável, produtos mais acessíveis pela redução dos custos de industrialização e, somando aos menores custos, maior qualidade é a promessa que está sendo cumprida pela automação na soldagem.

Proporcionar isso ao setor de solda com a produção de células especiais modificou o mercado de soldagem na região de atuação da companhia Powermig.

A Powermig acompanhou a indústria e suas demandas, entendeu os problemas e passou a oportunizar em grande medida os projetos customizados para a indústria geral alcançar o uso de células robotizadas para a solda. De uma empresa de manutenção em máquinas de soldagem, transformou-se em uma empresa que participou significativamente da modificação do setor de soldagem na América Latina e certamente modificará o setor de soldagem em outras regiões onde existam necessidades que precisam ser atendidas.

O futuro da soldagem ainda terá como requisitos a fabricação ágil e o acesso à materiais inteligentes que reduzirão os custos energéticos. Aliás, eficiência energética é realidade hoje, é desnecessário esperar o futuro chegar para pensar nisso.


*Carmen Thomazi ([email protected])

Engenheira química, diretora técnica na Da Vinci Projetos, membro do conselho de gestão de várias companhias e docente na Educação Executiva da Faculdade FIPECAFI.

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