Graças à delicada situação nacional, 2015 foi apelidado de “dois mil e crise”. Pensando em melhorar esse quadro especialistas em economia e gestão empresarial recomendam algo que muitos brasileiros já ouviram: crise é, também, sinônimo de oportunidade. Nessa hora, prepare-se para nadar em águas mais profundas, o que exigirá de você, nada mais do que melhor preparo enquanto nadador, observando itens importantes que podem ser decisivos para uma maior produtividade, redução de custos, ou mesmo, para partir para um “oceano azul” de oportunidades.

1ª lição: motivação é fundamental

Por mais que as expectativas não sejam tão boas, sobretudo nos primeiros seis meses do ano, quando a carga de impostos recai sobre o cidadão e, também, para a indústria com maior ênfase, é natural sentir um desânimo. “Porém, o gestor da indústria não deve ficar reclamando da situação, e sim buscar oportunidades para o seu negócio”, alerta o consultor do Sebrae-SP, Ruy Barros. Ele explica que é em momentos de crise que surgem novas oportunidades e que a indústria sempre foi um segmento forte no desenvolvimento do País e que não será este o momento que irá desfazer o que já foi construído. “O gestor tem que acreditar e fazer sua parte.”

O gestor que conhece os índices de sua empresa e sabe trabalhar com eles tem uma vantagem competitiva de buscar receitas de maneira mais efetiva.

2ª lição: domine as informações de seu negócio

Antes da tomada de qualquer decisão é preciso ter em mãos e em mente as informações estratégicas de seu negócio. Para aumentar o faturamento em momentos de crise, o consultor indica manter os controles financeiros para auxiliar nas tomadas de decisão: receita apurada, fluxo de caixa, controle de estoque, margem de contribuição e lucratividade. O gestor da indústria que conhece esses índices e sabe trabalhar com eles tem uma vantagem competitiva de buscar receitas de maneira mais efetiva.

3ª lição: otimize a logística

A logística do negócio também merece atenção, pois aumentando a quantidade comprada e diminuindo a frequência das aquisições, o empreendedor pode minimizar as suas despesas. Segundo o diretor titular do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (DEMPI/FIESP), Milton Bogus, esse aspecto é relegado por muitos que não pensam na redução dos custos de aquisição e de transporte de insumos e de seus produtos acabados.

4ª lição: veja e seja visto

Não adianta fazer todos os esforços relatados até aqui se você não investir em algo muito importante: identificar o que seu consumidor está disposto a comprar e contar ele que você vende. Intensificar o esforço de comunicação com o cliente, investindo em marketing e propaganda é fundamental para se destacar da concorrência.

5ª Lição: que tal fazer diferente?

Segundo Barros, diversificar seu portfólio é uma sugestão muito bem aceita pelo mercado para gerar receita. Portanto, tente entender as expectativas de seus clientes e ver se, dentro dos processos de sua indústria, cabe o desenvolvimento de um novo produto, ou se é possível adaptar-se a novos nichos de mercado é mais do que uma solução: é mandatório para qualquer gestor.