Passados 19 anos da primeira exportação de máquinas para processamento de carnes e consolidar presença em países da América Latina e Ásia, a catarinense HighTech fez a primeira venda para os Estados Unidos em 2016. Desejo antigo dentro da empresa vinculada ao Programa Brazil Machinery Solutions há três anos, mas resistido devido às regras para entrada no mercado americano, a venda foi efetivada durante uma feira em Atlanta.
O pontapé está sendo dado com máquinas desossadoras mecânicas para aves, que atinge um nicho de mercado. “É nosso maior foco, visto que elas estão hoje em 90% do mercado brasileiro”, revela o gerente comercial Jony Edson Giongo. Porém, os planos não param por aí. A expectativa para os próximos três anos é expandir o portfólio para vender também outros equipamentos como moedores, misturadeiras, quebradores e resfriadores. Todo esse maquinário alcança o segmento de preparação de massas e o setor de produção de salsichas, mortadelas e linguiças frescais.
Sem revelar números, Giongo diz que os valores de início da exportação são ainda baixos, mas garante estar convicto do passo dado. “Este ano tem um potencial muito grande de vendas, uma vez que nosso produto é robusto, tem baixa manutenção, atende totalmente as normas vigentes e tem preço competitivo.” Tamanho otimismo é atestado pela abertura de uma empresa com sede na Flórida para não só vender, mas também para mapear e analisar com mais profundidade onde estão pisando.
Desafios para chegar lá
Vender para os Estados Unidos exigiu planejamento da empresa. Foram feitas pesquisas pelo setor comercial junto a representantes e clientes internacionais para avaliar suas regras e peculiaridades. “As barreiras do mercado americano são de ordem burocrática e também técnica”, afirma. Para superar o cenário burocrático, buscaram aduaneiras com experiência em exportação americana. No contexto técnico, tiveram de fazer algumas alterações no equipamento, substituindo componentes fabricados com um tipo de material por outro com melhor aceitação lá fora.