A Arena Intralogística e Movimentação de Carga da FEIMEC 2024 – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos – foi também uma oportunidade incrível para os interessados em saber mais sobre cibersegurança. E, segundo Marcelo Shumiski, Diretor da InCloud Tecnologia, este tem sido o grande desafio da atualidade.
“A vulnerabilidade e disposição têm aumentado porque o mercado vem crescendo e em constante mudança. A logística, por exemplo, cresceu muito no país, ainda mais depois da pandemia, que fez o médio e o pequeno operador se adaptarem”, explicou.
Marcelo palestrou aos visitantes da feira e contribuiu com informações valiosas sobre a importância de se proteger contra o que ele chamou de “indústria paralela, um submundo impressionante”.
Cibersegurança: quais são os principais vetores de ataque?
Vetores são as possibilidades que os cibercriminosos encontram nas empresas de logística ou demais segmentos da indústria para terem acesso e se aproveitarem dos dados e informações confidenciais. Em troca, exigem resgates sob a entrega de valores muito altos.
O diretor, então, compartilhou os principais. São eles:
1. Ser humano
De acordo com Maurício, as pessoas ainda são as maiores facilitadoras dos cibercriminosos porque são curiosas.
“Coisas simples ainda são vetores a serem explorados, como os e-mails, que podem se tornar uma brecha para o acesso a dados confidenciais quando mirados por um ataque”, detalhou.
2. Dispositivos IoT
Quando a empresa investe em dispositivos IoT para automação ou monitoramento dos processos, pode facilitar a atuação dos hackers. Isso porque esses dispositivos, normalmente, não apresentam regras básicas de segurança no seu desenvolvimento (Security by Design).
“Com isso, acabam sendo o elo fraco e o vetor de ataque nestes ambientes.”
3. Veículos de transporte
Muitos veículos de transporte modernos na logística são equipados com uma variedade de sistemas eletrônicos. Entre eles, unidades de controle eletrônico (ECUs), sensores e atuadores.
Conforme explicou Maurício ao público do evento, hackers costumam explorar vulnerabilidades para manipular estes sistemas e causar mal funcionamento ou desativar funções de segurança. Por exemplo: airbags ou sistemas de frenagem anti bloqueio (ABS).
Como fortalecer a cibersegurança na logística?
Toda empresa de logística precisa prevenir problemas com a gestão das informações. Para isso, é preciso manter-se organizada e dentro dos rigores da segurança.
Abaixo, você confere sete maneiras de fortalecer a cibersegurança nas empresas de logística, segundo indicações do diretor da InCloud Tecnologia.
1. É fundamental que toda empresa tenha o melhor plano de segurança possível, a fim de inibir a atuação de criminosos. O plano deve ser estruturado e de acordo com o porte da empresa.
2. Investir em camadas de segurança é um outro fator importante, uma vez que quanto mais camadas o hacker tiver que abrir, mais chances ele terá de desistir. Caso contrário, terá mais facilidade para acessar o que procura.
3. Não basta investir em cibersegurança se os colaboradores não forem devidamente treinados. É preciso apostar em capacitações, de modo que todos estejam sempre muito bem preparados e alinhados.
4. Outra sugestão do palestrante é sobre a contratação de um seguro cibernético. Para ele, é fundamental ter esse resguardo, pois ninguém está totalmente livre de um ataque.
5. Além do seguro, Maurício frisou a importância de poder contar com uma empresa especialista em cibersegurança para qualquer emergência. O objetivo é tê-la como parceira para sempre que precisar.
6. “É fundamental ainda criar uma rede de cibersegurança unificada. Empresas de logística naturalmente possuem várias plantas e esses ambientes acabam trabalhando isoladamente. Com isso, se tornam pontos de vulnerabilidade. Uma rede unificada cria camadas de segurança”, destacou o diretor.
7. E completou: “construir um monitoramento proativo é a melhor saída para se saber o que está acontecendo no ambiente, como problema de rede, tentativa de ataque, etc. Esse trabalho pode ser interno ou externo”.
Tendências de segurança cibernética
Uma outra parte da palestra na Arena Intralogística e Movimentação de Carga foi dedicada às principais tendências de cibersegurança.
Entre elas, um maior uso de hardware, pois, segundo o palestrante, os softwares são altamente atraentes para criminosos.
“Espera-se que as iniciativas em direção ao hardware ganhem velocidade, embora as empresas não devam reduzir seus investimentos em software atualizado.”
Outro ponto importante é o ataque ao trabalho remoto. Ao que tudo indica, os ataques aos trabalhadores remotos tendem a aumentar.
Conforme explicou Maurício, os hackers estão evoluindo suas táticas de acordo com as formas de trabalho dos funcionários e continuarão a aproveitar o tempo de inatividade potencial e as vulnerabilidades da rede. Além disso, ele citou o crescente interesse dos cibercriminosos pelos órgãos governamentais.
“É provável que, em 2025, haja um aumento nos investimentos e novas regulamentações com o objetivo de prevenir ataques cibernéticos massivos contra alvos de alta prioridade.”
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a palestra de cibersegurança da Arena Intralogística e Movimentação de Carga da FEIMEC 2024, aproveite para conferir a apresentação completa na plataforma Indústria Xperience.
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