Na era da Manufatura Avançada várias tecnologias inovadoras têm sido desenvolvidas e implementadas nos chãos de fábrica para aumentar a produtividade, melhorar a qualidade dos produtos oferecidos e reduzir os custos de fabricação. Contudo, para operar e extrair o melhor das novas linhas de produção, o perfil dos profissionais tende a passar por uma grande transformação. Isso significa que quem quiser trabalhar em fábricas inteligentes terá de ser um profissional multidisciplinar, pois será necessário entender tudo o que acontece ao seu redor.

Com a proposta de as máquinas da 4ª Revolução Industrial trabalharem de forma autônoma e comandadas a partir de sistemas mobile, os operadores precisarão se adaptar a um novo jeito de lidar com os equipamentos. “Está chegando ao fim a era do técnico que só aperta botões. Os profissionais precisarão aprender a lidar com máquinas e robôs inteligentes”, aponta Osvaldo Lahoz Maia, gerente de Inovação de Tecnologia no SENAI São Paulo.

Renovação do conhecimento

No campo comportamental, precisarão ser mais críticos, flexíveis e dispostos a aprender sempre. Isso porque, de acordo com o especialista, estima-se que, dentro de cinco anos, 35% de todo o conhecimento assimilado seja descartável. Além de conceitos comuns aos cursos de engenharia, passarão a fazer parte do dia a dia das empresas do setor metalomecânico, a inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, impressão 3D e biotecnologia.

Características na era da digitalização

O Institute for the Future, organização não governamental que estuda tendências em inovação, listou as características que serão indispensáveis aos profissionais da era da digitalização. Acompanhe!

Senso crítico: com computadores e robôs assumindo os trabalhos mecânicos, haverá mais demanda por profissionais capazes de ter ideias inovadoras, tomar decisões e avaliar riscos.

Inteligência social: em ambientes digitalizados, trabalhar em equipe e relacionar-se bem com funcionários de áreas e hierarquias diferentes serão características cada vez mais valorizadas.

Flexibilidade: a capacidade de se adaptar a situações diferentes é essencial em ambientes de trabalho em constante processo de mudança.

Capacidade de abstração: na era da Big Data, compreender e traduzir conceitos e dados será um diferencial valorizado pelas empresas.

Competência cross-cultural: o profissional do futuro deve se relacionar e trabalhar com pessoas de diferentes países e culturas de maneira eficiente.

Interdisciplinaridade: à medida que as equipes se tornam multidisciplinares e globais, essa competência será cada vez mais valorizada. Um engenheiro que desenvolve peças de automóveis, por exemplo, poderá pensar em adaptações no design que levem à redução do tempo ou custo de fabricação.

Colaboração a distância: não basta ser capaz de trabalhar com equipes multidisciplinares e multiculturais. É preciso conseguir criar conexões, tanto presencial quanto virtualmente, sem perder o foco nos resultados.

Priorização: com um número de informações sempre maior e disponível a qualquer hora e em qualquer lugar, terão destaque os profissionais que forem capazes de filtrar, reter e aproveitar apenas o que é importante.

Você está preparado para este novo momento do mercado? Compartilhe a informação com seus amigos nas redes sociais!