A Indústria 4.0 traz mais flexibilidade e modularidade para o setor de manufatura
Os principais conceitos-chave da indústria 4.0 foram apresentados por Rafael Raposo, da Messer, no Parque de Ideias, uma das diversas atrações técnicas da FEIMEC 2024 – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos.
Rafael chamou a atenção para o fato de que a indústria brasileira ainda enfrenta alguns desafios para que a cultura da indústria 4.0 seja definitivamente implantada.
“A indústria 4.0 é um tema antigo, mas que hoje tem sido mais difundido, principalmente, por países desenvolvidos e que adotaram a respectiva cultura”, explicou o palestrante.
Segundo ele, no Brasil, essa realidade ainda é um desafio, uma vez que a indústria por aqui precisa ter mais celeridade. Dessa forma poderá aproveitar, de fato, os benefícios da automação.
E como a indústria 4.0 está revolucionando a forma como produzimos? Esse foi o tema central da respectiva apresentação.
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A base da Indústria 4.0
O representante da Messer mostrou ao público da FEIMEC os quatro pilares que formam a base da Indústria 4.0. São eles:
- Internet das Coisas (IoT)
- Big Data & Analytics
- Inteligência Artificial
- Machine learning
O primeiro pilar (IoT) é categorizado pelas seguintes palavras-chave: adaptação, automação, gestão inteligente e demanda. Também, saúde, segurança, comunicação, decisões e manutenção preditiva. Ou seja, são propostas para tornar a linha de produção ainda mais inteligente e com resultados mais efetivos.
Por sua vez, o segundo pilar (Big Data & Analytics) proporciona o uso de dados de maneira oportuna e um trabalho sempre baseado em informações mais precisas.
Justamente por isso, suas palavras-chave se resumem em análise, informações, previsibilidade, tendências, estatísticas, decisões, dados e insights.
Já a Inteligência Artificial e o Machine Learning (aprendizado de máquina), de acordo com Rafael Raposo, contribuem com a Indústria 4.0 porque estão revolucionando a manutenção preditiva e a qualidade do produto final. A propósito, são o terceiro e o quarto pilar da Indústria 4.0.
“Aprendemos com os dados para prever falhas e garantir uma produção mais otimizada, minimizando desperdícios e maximizando a eficiência”, pontuou.
Comprometimento com a eficiência
Ainda conforme o palestrante, a Indústria 4.0 traz mais flexibilidade e modularidade para o setor de manufatura. Por isso, está revolucionando a forma como produzimos, uma vez que é possível atender a demanda de maneira personalizada, por exemplo.
Isto significa que a indústria pode produzir com exclusividade e sob encomenda. “Um dos desafios da Indústria 4.0, no entanto, é a integração. Pessoas, sistemas, departamentos, fluxos de trabalho, comunicação em tempo real, etc, devem ser integrados”.
Foram detalhados também os principais aspectos da robótica avançada e da própria automação. A lista de fatores inclui execução, complexidade, precisão, eficiência e segurança. “A Indústria 4.0 garante mais comprometimento com a eficiência, principalmente, pela modularidade”.
Para isso, Rafael reforça que é fundamental ter interoperabilidade, de modo que todas as cadeias de produção funcionem de forma harmônica.
Integração de sistemas e cadeia de suprimentos
Sobre a maneira como a Indústria 4.0 está revolucionando a forma como produzimos, o conteúdo da respectiva palestra destacou também a importância da integração dos sistemas, incluindo a cadeia de suprimentos.
Para isso, é essencial que a indústria invista em conectividade digital, visibilidade de toda a cadeia, comunicação aberta e em tempo real e na redução de estoque.
Desafios
Para enfrentar possíveis desafios, no entanto, a indústria deve considerar a importância da segurança cibernética, a sua requalificação, capacitação das equipes, interoperabilidade e saber apurar o momento certo de investir.
Isso porque, segundo Rafael Raposo, “é fundamental que a indústria sempre obtenha o retorno esperado sobre os investimentos. É preciso acreditar que a solução será bem aplicada e trará bons resultados”, finalizou.
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