Hoje, o setor elétrico trabalha com foco em três pilares: descarbonização, descentralização e digitalização. A chamada Energia 3D reúne ações em prol do desenvolvimento sustentável do planeta e da indústria no geral.

O objetivo é fomentar a construção de um novo modelo de mercado para os próximos anos. E a boa notícia é que a era digital contribui perfeitamente com a máxima “fazer mais com menos”.

Todos saem ganhando. Continue a leitura!

O que é Energia 3D?

O setor industrial carece da melhor parceria possível com o elétrico. Para o benefício de ambos, é fundamental que haja um investimento em energias renováveis, digitalização de redes de média e baixa tensão, automação, mobilidade elétrica, etc. Outra prioridade é a descentralização da energia, junto com a descarbonização e a digitalização total. Tendências que prometem um futuro mais promissor.

Segundo Cyro Vicente Bocuzzi, CEO da ECOEE, com relação a digitalização, ela é  basicamente parte de um movimento maior da sociedade, no caminho de um conhecimento compartilhado. “Uma economia colaborativa, alavancada por outras plataformas que estão surgindo na parte de sensoriamento”, afirma.

A Energia 3D trata-se, portanto, de uma teoria que compreende três conceitos, com foco no futuro da eletricidade. Desse modo, o respectivo segmento tende a se tornar cada vez mais limpo e sustentável. As medidas projetadas pela Energia 3D e seus pilares têm o poder de impactar a cadeia de produção a nível mundial. E o Brasil está aderindo esse conceito.

Qual é o cenário atual da geração de energia no mundo?

Um dos pilares da energia 3D, a descentralização, permite que o consumidor produza a sua própria energia. Dessa maneira, o mundo todo se beneficia com a possibilidade de um fluxo diferenciado, diferentemente de quando a energia somente era possível por meio da tradicional usina de transmissão e distribuição.

Outra vantagem que todos os países do globo estão ganhando com a energia 3D é a massificação das baterias. Esta, por sua vez, tende gerar certa independência para o consumidor da rede de distribuição. Por exemplo, nos Estados Unidos há um forte incentivo aos cidadãos e empresários sobre o uso de placas solares. Imóveis com placas instaladas são mais valorizados no país. Especialmente na Califórnia, há um movimento chamado off-grid – sistema de energia autônomo (no português).

Energia 3D no Brasil

A energia 3D no Brasil também tem sido difundida entre indústrias de diferentes segmentos. O setor elétrico brasileiro tem investido em automação e na digitalização dos processos ligados ao consumo de energia. Isso, tanto para as indústrias quanto para comércios e residências.

Por aqui, a energia eólica abriu as portas para a aceitação das energias renováveis. A energia solar, no entanto, tem se mostrado efetiva e com grande chance de acelerar a descentralização. De acordo com Elbia Gannoum, Presidente Executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), “a tendência é a eólica centralizada e a solar distribuída, por causa das tecnologias e dos recursos energéticos”.

Reginaldo Medeiros, Presidente Executivo da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (ABRACEEL), diz que é preciso “desacorrentar” o consumidor das distribuidoras. “É preciso, para que ele possa, de fato, ter acesso à descentralização, digitalização e descarbonização”.

E completa: “se ele sair das correntes da distribuidora, como é no mundo todo, a digitalização se dá numa velocidade muito maior, porque ele passa a gerir sua vida energética”.

Quais são os 3D da produção energética?

A energia 3D compreende os três pilares já citados neste conteúdo. Basicamente, podemos considerar que todos eles concentram esforços para que a energia seja abastecida por fontes renováveis em benefício a todo o planeta.

Descarbonização

O conceito de descarbonização da energia está baseado na troca de energia proveniente de combustíveis fósseis por energia limpa. Por exemplo, a energia gerada pelas usinas eólicas, de biomassa e fotovoltaicas (solares). Para se ter uma ideia, o Brasil assinou o Acordo de Paris, em 2015, tendo como plano diminuir a zero a emissão de gases do efeito estufa até 2030 e aumentar as fontes renováveis.

Descentralização

Por sua vez, a descentralização trabalha para transformar o setor elétrico em uma opção diversificada, com diferentes tipos de fontes de energia. Ou seja, a energia será mais acessível a todos. O consumidor se tornará mais independente com seus próprios sistemas.

Digitalização

A digitalização, o terceiro pilar da energia 3D, é uma alternativa segura e eficaz para o gerenciamento das fontes elétricas. Sendo assim, todos os setores passarão por uma modernização, com vistas a melhorar o desempenho. Como exemplo, temos a Inteligência Artificial (IA) e a Internet das Coisas (IoT).

Benefícios da energia 3D para as indústrias

A energia 3D oferece inúmeros benefícios às indústrias. Ela facilita o planejamento dos processos e otimiza as operações. A digitalização favorece ainda a manutenção preditiva, o gerenciamento da energia e a integração dos sistemas. Enquanto isso, a descarbonização contribui com a redução de custos, uma vez que energias renováveis são mais baratas, a melhora da visibilidade da empresa no mercado, conformidade com as regulamentações e acelera a inovação.

Já a descentralização confere mais resiliência aos processos, autonomia, democratização e a própria integração das fontes renováveis. Ou seja, os três Ds da energia estão, verdadeiramente, transformando a indústria em diferentes vertentes. Há uma colaboração efetiva com o aumento da eficiência, economia de custos, sustentabilidade e inovação.

Como aderir a essa tendência que é a energia 3D?

A resposta para essa pergunta é simples: basta adotar o modelo descrito neste conteúdo, por meio de uma unidade geradora de energia renovável. Entre as principais, destaque para a energia solar, com uma variedade de tecnologias e opções para o aproveitamento do calor proveniente do sol. São placas, telhas, tintas, etc.

Fato é que a sua indústria não pode mais perder tempo. É essencial investir num futuro mais sustentável para melhores resultados.

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