O e-commerce é um meio efetivo para que as indústrias possam alavancar os negócios e estar cada vez mais perto do público, independentemente do segmento em que atuam.

Hoje, os negócios acontecem de maneira mais dinâmica e novos conceitos estão se mostrando cada vez mais relevantes com a transformação digital. Temos novos hábitos de consumo e diferentes maneiras de atendê-los.

Quando a indústria opta pelo e-commerce abre portas e janelas para novas oportunidades.

Ela oferece disponibilidade ao cliente, que pode ter acesso ao que procura 24 horas por dia, reduz custos operacionais, moderniza os processos de vendas e o gerenciamento de estoque e otimiza o tempo das operações comerciais.

Além do mais, tem a oportunidade de adquirir dados e informações importantes sobre os clientes, segmentando cada vez mais as ofertas para decisões mais assertivas.

Resultado: uma experiência de compra mais satisfatória e a fidelização do consumidor.

“Investir em um canal de vendas digital é essencial para se manter competitivo no mercado atual. As indústrias que não adotam essa abordagem correm o risco de ficar para trás em relação aos concorrentes que já estão aproveitando as vantagens do comércio eletrônico”, explica Camila Pedretti, Consulting CX Lead na Jotta, marca do grupo JBQ.

Mas, como trabalhar o e-commerce de maneira eficaz? Como é possível direcionar os canais digitais e os trabalhos para o público-alvo?

Saiba que é essencial aderir ao modelo correto de vendas. Temos aqui o B2B e o D2C. Conheça!

E-commerce B2B e D2C

Segundo Camila, ambos oferecem vantagens e também desafios.

O primeiro, por exemplo, compreende transações maiores, com valores altos e grandes ciclos de vendas. Já o segundo modelo é aquele que proporciona uma relação mais direta com os clientes e um maior controle sobre a experiência do produto.

É importante que a indústria saiba qual modelo aderir com base na produção ou nos serviços prestados e de acordo com o público-alvo e a estratégia de negócios.

B2B

A sigla vem da expressão Business to Business. Ou seja, diz respeito a transações comerciais feitas entre duas empresas. Uma vende e a outra compra.

Segundo a representantes da Jotta, normalmente, esse tipo de transação é de grande escala e envolve contratos de longo prazo. Exemplo: a negociação de matérias-primas e/ou componentes entre fornecedores, distribuidores e atacadistas.

“Essas transações, geralmente, envolvem um processo mais complexo e personalizado, com foco em requisitos específicos de negócio”, completa Camila.

D2C

O D2C – Direct to Consumer – é o conceito que define as transações comerciais que ligam as empresas ao consumidor final dos produtos. Esse modelo exclui a necessidade dos intermediários.

Isso porque a empresa vende os produtos ou serviços diretamente a quem deverá utilizá-los, por meio de canais on-line, lojas físicas próprias ou showroom.

A principal vantagem, de acordo com Camila, é que a empresa pode controlar melhor a experiência do cliente, desde a manufatura do produto ou desenvolvimento do serviço até a entrega final.

Desenvolvimento de um e-commerce

“Antes de implementar um e-commerce B2B ou D2C, os gestores devem realizar uma avaliação cuidadosa para garantir o sucesso do projeto”, avalia a especialista. Neste sentido, diferentes aspectos devem ser considerados.

Objetivos

Antes de mais nada, é essencial que a indústria defina seus objetivos para o e-commerce, de modo a alinhá-los com a estratégia geral do negócio. É preciso saber se a prioridade no momento é impulsionar as vendas, expandir a produção para novos mercados, melhorar a experiência de compra do cliente ou otimizar os processos comerciais.

Público-alvo

Para desenvolver o e-commerce B2B ou D2C, a empresa deve também identificar o seu público-alvo. Isso significa entender para onde os produtos ou serviços serão direcionados.

“Compreender as características demográficas, necessidades, preferências e comportamento de compra desse público ajudará a personalizar a oferta e direcionar a comunicação de maneira eficaz”, diz Camila.

Plataforma para e-commerce

É preciso ainda escolher a melhor plataforma, avaliando as diferentes opções do mercado, e considerar alguns recursos, entre os quais, escalabilidade, personalização, integração com sistemas existentes, segurança e facilidade de uso.

Conforme explica a especialista ao portal A Voz da Indústria, “é importante garantir que a infraestrutura tecnológica seja adequada para suportar a plataforma e proporcionar uma experiência de compra rápida e confiável”.

Estoque e logística

Com relação ao estoque e a logística é imprescindível considerar como o e-commerce impactará na respectiva gestão, incluindo embalagem, envio, rastreamento, etc. Lembrando que essa infraestrutura precisa estar preparada para atender às demandas geradas pelo e-commerce.

Segurança

Esse é um ponto crucial para a empresa. Ela deve adotar medidas robustas de segurança, como certificados SSL, criptografia de dados e regulamentações de privacidades para proteger as informações dos clientes, bem como toda e qualquer transação financeira.

Monitoramento

Para que a empresa possa avaliar o desempenho do e-commerce, deverá se preparar para o monitoramento e a análise dos dados. “Métricas de vendas, taxas de conversão, comportamento do usuário e outras informações relevantes devem ser acompanhadas para identificar áreas de melhoria e tomar decisões baseadas em dados”.

Atendimento ao cliente

“É fundamental também pensar na implementação de ferramentas de suporte ao cliente, como chat ao vivo, e fornecer informações claras sobre políticas de devolução, garantia e suporte pós-venda.”

E-commerce e indústrias

Para a indústria de máquinas e equipamentos, vender produtos via e-commerce pode até ser um desafio.

No entanto, é possível adaptar as respectivas complexidades, por exemplo, investindo no pós-venda. Também, segmentando e qualificando os leads.

Ou seja, é preciso identificar a quantidade de clientes que estão prontos para efetuar a compra. “Essas informações são valiosas para gerenciar o estoque de acordo com as vendas potenciais”, ressalta Camila.

Outro ponto que merece destaque é com relação ao fornecimento de informações detalhadas sobre os produtos no site. É preciso que a indústria forneça especificações técnicas, recursos, imagens e até mesmo vídeos explicativos. Toda descrição deve ser clara e didática, de modo que os clientes entendam toda a mensagem para tomar suas decisões.

O cliente precisa de suporte. Portanto, é imprescindível que a empresa ofereça esse apoio por meio de ferramentas como chat, e-mail ou telefone. Tudo isso permitirá que os clientes tirem suas dúvidas de maneira personalizada.

“Em alguns casos, o e-commerce pode oferecer serviços de personalização e consultoria para atender às necessidades específicas dos clientes. Isso pode envolver a possibilidade de personalizar as especificações do produto de acordo com as demandas ou fornecer consultoria especializada para garantir que o produto escolhido seja adequado para a aplicação desejada.”

Parcerias também são bem-vindas. Especialistas ou revendedores autorizados podem ser uma ótima alternativa como um serviço adicional da empresa para instalações, manutenção e suporte técnico, por exemplo.

O objetivo é garantir uma experiência completa e satisfatória ao cliente.

“Embora a venda de produtos complexos por meio de um e-commerce possa apresentar desafios adicionais, com a abordagem certa, essas complexidades podem ser superadas. Fornecer informações detalhadas, suporte especializado, recursos interativos e serviços personalizados garantem que os clientes tenham confiança na compra e na entrega dos produtos”, finaliza Camila.