A pesquisa Custos Logísticos no Brasil 2015, realizado pela Fundação Dom Cabral com 142 empresas de 22 segmentos industriais, cujo faturamento total equivale a 15% do PIB, traz uma interessante estatística: os custos logísticos consomem 11,73% da receita das empresas. Por trás desse número existe uma ineficiência conjuntural que foge das mãos do empresário, mas que pode ser combatida a partir de uma autoanálise sobre todo o processo de produção em que as indústrias precisam planejar melhor as suas necessidades logísticas, definir as demandas, volumes, formas de realizar as atividades, buscando alternativas para evitar desperdícios e retrabalhos.
Um dos pontos essenciais no planejamento intralogístico é a atenção aos requisitos para a implantação.
Com essa prática de primeiro elaborar um mapeamento do processo é possível que seja visualizado tudo o que deve ser contemplado para atingir a melhora esperada. Atuando em projetos de otimização da produção e logística, o diretor de projetos na Tempad Consultoria Industrial, Márcio Bolonhez, observa uma situação corriqueira positiva que justifica a fase de análises. “Um bom planejamento resulta em menor tempo de execução e, consequentemente, menor utilização de recursos”, pontua.
Outra boa alternativa a indústria é investir na intralogística, que se refere à movimentação de materiais na parte interna, como o recebimento de matérias-primas e seu armazenamento, a alimentação das linhas de produção e o transporte de produtos, insumos e peças entre as linhas.
A falta de um planejamento intralogístico pode causar uma série de problemas que pode afetar toda a operação, aponta Alberto Orsovay, da área da operações e novos negócios da Célere. “Um dos pontos essenciais no planejamento intralogístico é a atenção aos requisitos para a implantação. Problemas com colaboradores sem o treinamento adequado, falta de conhecimento do produto do cliente e suas particularidades, sistema WMS sem uma boa integração entre outros exemplos, podem causar grandes impactos negativos na operação.”