Em meio ao momento de ajuste fiscal e retração econômica, a indústria nacional precisa arriscar alternativas para não repetir a produtividade registrada entre 2002 e 2012, década em que taxa média anual foi de 0,6%, a menor da comparação feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com outros 11 países concorrentes.

Emperrada por esse cenário está a ampliação da competitividade, analisa Milton Augusto Galvão Zen, coordenador da pós-graduação em Gestão da Manutenção e Ativos da FEI. “Quando não há investimentos perde-se a capacidade de alcançar um nível de produtividade suficiente para que haja ganhos substanciais.” Acompanhe quatro métodos para aumentar a escala produtiva de maneira imediata.

5S – organização estrutural de ambientes

Desenvolvida no Japão, a técnica 5S é baseada em uma rotina de utilização, ordem, limpeza, padronização e disciplina que contribui para melhoria do ambiente de trabalho, incentivo à criatividade, redução de custos, eliminação de desperdício e desenvolvimento do trabalho em equipe. Simples, o programa pede a figura de um gestor próprio para ser implantado, elaborar plano diretor e treinar líderes. Além disso, todas as etapas devem ser avaliadas para verificar se tudo está sendo cumprido e onde existem falhas.

MPT – máxima eficiência produtiva

A Manutenção da Produtividade Total mira o ganho direto de produtividade ao buscar a eliminação de quebra de equipamentos, problemas de qualidade, perdas de produtividade relacionadas ao uso dos equipamentos e desperdícios. Para isso, o método japonês precisa de um ambiente no qual todos os funcionários sintam-se responsáveis pelas máquinas e extraiam deles o melhor desempenho. Três dados são usados para medir a eficiência: rendimento do equipamento, tempo para reparo e tempo entre falhas.

Kaizen – implementação contínua de melhoria

A prática oriental promete redução de custos e aumento da produtividade sem grandes investimentos, a partir da melhora contínua no desenvolvimento das atividades coletivas. Todos, do gerente ao operário, devem periodicamente identificar os desperdícios e eliminá-los do dia a dia da indústria.

NBR ISO 55000 – gestão de ativos

Técnica de implementação de sistema de gestão que envolva toda a empresa em busca de redução e eliminação de desperdícios ampliando a integração empresarial em todas as áreas com vistas ao uso mais adequado e apropriado de seus ativos físicos.

Bônus: três dicas de ouro para o chão de fábrica

Para quebrar o círculo vicioso da queda do investimento gerado pela redução da confiança do empresário, aproveite as três dicas elaboradas pelo Programa Indústria+Produtiva, um piloto da CNI, do Senai e do IEL implantado em indústrias de médio porte do setor metalomecânico no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Ceará. “É possível ter ganhos expressivos de maneira rápida e barata. O aumento da produtividade é uma necessidade”, afirma João Emílio Gonçalves, gerente-executivo de Política Industrial da CNI.

1- Organize a bancada e a disposição dos materiais por ordem de uso, assim os funcionários poupam tempo e reduzem a movimentação.

2- Abra espaço apenas para o que é necessário para a produção durante um determinado período.

3- Pré-estabeleça padrões à fabricação com a previsão de ferramentas e peças para ajudar a poupar tempo e evitar retrabalho.

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