Qual é a importância de identificarmos os riscos em tudo o que fazemos? Por que as falhas devem ser previstas em todos os âmbitos – doméstico, industrial e ambiental?
De acordo com Marco Antônio Madureira, Diretor e Consultor da MRM Consultoria, geralmente, as empresas não percebem os riscos aos quais estão sujeitas. E isso é um problema sério.
“É necessário adotar ações preventivas, uma vez que todos corremos riscos desde que nascemos”, frisou o consultor em uma palestra no Parque de Ideias da EXPOMAFE 2023 – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial. E completou: “problemas vêm com a ausência da observação dos processos”.
Mas, afinal, quais são os riscos? Conforme Marco Antônio, trata-se da possibilidade da ocorrência de um ou mais resultados indesejáveis, como consequência de um evento qualquer.
“Os riscos estão presentes em tudo o que fazemos.”
Neste sentido, o mais indicado é saber como gerenciar os projetos, compreendendo e minimizando os impactos. E ainda tirar proveito das oportunidades apresentadas.
“Hoje, é possível coletar dados, estudar sua distribuição e projetar o futuro de forma sistemática”, explicou o palestrante ao mostrar que as incertezas estão presentes em todas as atividades e setores. Por exemplo, bancos e instituições financeiras, seguradoras, comércios, indústrias, entre outros. “É necessário saber como tomar as decisões”.
Identificar o risco é preciso
Um dos principais aspectos para proteger um processo, atividade ou qualquer outro trabalho dos possíveis riscos é a identificação das falhas que podem estar por vir.
Em sua apresentação, o consultor da MRM parafraseou Albert Einstein para explicar as métricas da gestão de riscos: “Eu não me preocupo com as coisas que sei que não sei. Eu me preocupo com as coisas que não sei que não sei. Porque as coisas que sei que não sei, é fácil, é só procurar que vou saber. Porém, as coisas que não sei que não sei, não tenho nem por onde começar!”, citou.
Para Marco, identificar os riscos consiste principalmente em mapear as incertezas e tentar controlá-las. Esse é o caminho para que as pessoas e as indústrias dominem os acontecimentos na medida do possível.
“Para tanto, precisamos do máximo de informações”. Ou seja, qualquer processo, trabalho ou atividade deve compreender o máximo de informações e dados para que todos os envolvidos estejam seguros quanto a respectiva operação e suas etapas.
As informações podem ser classificadas em algumas categorias:
Informações completas: geram absoluta certeza sobre o processo ou atividade em si. Eles não podem ser classificados como risco.
Informações parciais: não há qualquer certeza, portanto, existe a probabilidade da ocorrência de riscos.
Nenhuma informação: indica um total desconhecimento dos afazeres, com maior possibilidade de riscos ante a incerteza da operação.
Para a identificação dos riscos é necessário ainda ter cautela, atenção e prudência. É preciso estar sempre atento a tudo o que acontece, uma vez que a segurança é responsabilidade de todos.
Na prática: identificando riscos na indústria
Na prática, a identificação dos riscos deve ser feita no início de qualquer projeto, de modo a poder analisar a “causa raiz” do problema, bem como o seu possível efeito. Neste caso, uma probabilidade deve ser associada e o impacto do problema muito bem previsto. É preciso também saber como identificar as definições dos riscos, as quais seguem abaixo:
1. Incidente
Conforme o especialista em questão, incidente é todo evento não previsto, com potencial para levar aos acidentes;
2. Acidente
É também um evento não planejado, mas que pode levar a morte, problemas mais sérios de saúde, ferimentos, danos ou demais prejuízos;
3. Risco
Trata-se da combinação da probabilidade e consequência de ocorrer um evento perigoso especificado;
4. Perigo
É a fonte ou a situação, cujo potencial de provocar danos é grande. Pode causar ferimentos humanos ou problemas de saúde, bem como danos a uma propriedade industrial, doméstica ou ao meio ambiente.
Confira a palestra na íntegra na plataforma Indústria Xperience.