De onde vêm as grandes ideias? Como inovar num mercado tão competitivo? O Parque de Ideias da FEIMEC 2024 – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos, que acontece em São Paulo até o dia 11 de maio, prestigiou o seu público com um especialista em Inteligência Artificial para responder a essas questões.

E mais, Mardo Carneiro, que é Diretor da BIX Tecnologia, ainda falou sobre a possibilidade da indústria implementar IA ainda este ano em suas operações.

“A IA nada mais é do que programas e dispositivos realizando tarefas por meio de algoritmos que simulam o raciocínio humano com base em padrões aprendidos”, pontuou.

Segundo ele, as grandes ideias com Inteligência Artificial nascem a partir de três incentivadores:

  • Uma dor;
  • Um desafio;
  • ou uma oportunidade.

A principal finalidade é sanar os desafios da indústria, entre os quais, falhas inesperadas de equipamentos, falta de eficácia nas operações de manutenção, defeitos em produtos e inconsistência da qualidade.

Outros desafios do setor que motivam a IA são: níveis de estoques inadequados, previsão de demanda imprecisa, ineficiência de processos industriais e desperdício de recursos.

Também, erros em tarefas repetitivas, baixa produtividade, desinformações, dificuldade em identificar padrões e tendências, planejamentos inadequados e riscos de segurança não identificados. “A incapacidade de personalizar produtos, insatisfação dos clientes, ineficiência da logística e os altos custos de transporte também entram nessa lista”.

Inteligência Artificial: como a indústria pode saber o que é factível?

Ou seja, como saber se é possível desenvolver a ideia que foi pensada? Para Mardo, primeiramente, é preciso pesquisar.

“Existem diversas plataformas para ajudar com essa missão, como Google e YouTube, além de empresas especializadas em IA”.

De acordo com o especialista, outras fontes efetivas de pesquisa são os eventos e webinars, bem como as comunidades das redes sociais. “ChatGPT, Gemini e Copilot podem ajudar também”.

Como identificar os desafios e detectar os problemas?

Sobre essa questão, o palestrante sinalizou a importância da indústria perguntar como, quando e onde está o problema a ser resolvido. Qual é a relevância da questão?

Em seguida, conforme as explicações de Mardo, é preciso listar os indicadores de sucesso para as devidas iniciativas.

“É essencial pensar como a situação pode ser resolvida sem ou com a IA. Ou seja, o que é possível fazer? Além disso, quais setores e pessoas serão impactados com a resolução encontrada?”.

Outro passo é listar dados e fontes. Como resultado, a indústria terá a ferramenta ideal para a sua solução.

“Reparem que a ferramenta deve ser sempre o último pensamento na estratégia. A indústria não deve adaptar a sua solução a uma ferramenta. E sim, ter uma ferramenta adequada para o problema”, externou Mardo ao público da FEIMEC.

Ainda segundo o especialista, “é crucial que uma empresa tenha aliados no processo de implementação das tecnologias de IA”.

Como escolher os parceiros ideais?

“Analise as experiências e competências, além da capacidade de adaptação e personalização do seu aliado. Ele deve ter conhecimento no setor, capacidade de inovação, transparência e governança”.

Fora isso, os parceiros ideais devem compreender a importância da cultura de colaboração e ter capacidade de escalabilidade.

Quais são os caminhos para implementar a IA?

Conforme Mardo, é essencial que a empresa tenha uma área ou alguém liderando o processo em si, incluindo empresas terceirizadas. Quando se tem um especialista no assunto o caminho é mais rápido e as decisões assertivas.

A inovação aberta gera uma série de benefícios, entre os quais:

  • Acesso e conhecimento especializado
  • Redução de custos
  • Aceleração do processo
  • Mitigação de riscos
  • Aumento da competitividade
  • Maior diversidade de ideias
  • Melhor satisfação do cliente
  • Acesso a novos mercados

O Head da BIX disse que é imprescindível que as empresas conheçam três conceitos: PoC (prova de conceito), Go/No-Go e Rollout. O primeiro é importante porque uma prova de conceito é uma demonstração preliminar para a respectiva empresa verificar a viabilidade de uma solução de IA antes de um desenvolvimento completo. “É preciso validar as hipóteses”.

Enquanto isso, o segundo conceito, o Go/No-Go, é um ponto de decisão crucial que determina se o projeto de IA deve prosseguir ou ser interrompido com base nos resultados da PoC. Já o Rollout é o processo de implementação e distribuição de uma solução de IA em larga escala. “Isso, após a fase de testes e aprovação”, esclareceu Mardo.

Para finalizar, ele frisou as principais fontes de financiamento para a implementação da IA.

“É sempre ideal utilizar recursos próprios, porém, se não for possível, existem as linhas de financiamento para P&D, fundos, o FINEP e a EMBRAPII, por exemplo”.

O Parque de Ideias da FEIMEC 2024 não para! Está cheio de conteúdos e oportunidades para empresas do setor. Passe por lá e confira!

Inscreva-se e participe da FEIMEC!

Informações:

Data: 7 a 11 de maio de 2024
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center – São Paulo/SP
Horário: 3ª a 6ª das 10h às 19h e Sábado das 9h às 17h
Iniciativa: ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Organização: Informa Markets LATAM
Instagram: @feira.feimec
Site oficial: www.feimec.com.br