As evoluções na indústria acontecem praticamente todos os dias, seja com uma pequena mudança que modifica levemente um processo, ou em eventos maiores, de grande importância, que não tem início e fim bem delineados e que demoram a ocorrer. Estas últimas recebem o nome de Revolução Industrial. Elas modificam fortemente a vida dos trabalhadores e da sociedade como um todo, desde a primeira, que teve início em 1750 na Inglaterra, até a que vivemos atualmente que também é conhecida como “Revolução Digital” e que dá as boas-vindas à Industria 4.0. Esta, carrega consigo a ideia de automatizar e transformar os processos de fabricação cada vez mais em responsabilidade de máquinas e robôs, preterindo a mão de obra humana.

Como as máquinas estão se tornando a parte principal (se não, a única parte) na fabricação de quase tudo que é produzido no mundo, sua manutenção se torna vital para o fluxo de produção. Máquinas desligadas não produzem e a cada minuto paradas, aumentam o prejuízo para a empresa, portanto, o tempo de manutenção, deve ser o menor possível, seja preditiva, corretiva ou preventiva. A equipe de manutenção, deve ter um Plano de Manutenção bem estruturado e principalmente, deve ter todo o ferramental disponível em bom estado de conservação e organizado para que no momento de necessidade, a procura por um item específico, não aumente ainda mais o tempo da máquina sem condições de uso

O emprego do método de gestão 5S, (Seiri, Seiton, Seiso, Seiktsu e Shitsuke ou, em português, senso de: Utilização, Organização, Limpeza, Padronização e Disciplina) ou outra forma de gestão da manutenção, aliada a adoção da utilização de carros e caixas com “berços” para acondicionamento das ferramentas, aumenta a produtividade dos manutentores, diminui a perda de ferramentas e por consequência, diminui os prejuízos com máquinas paradas.

Berços de EVA ou plástico rígido, para alocação das ferramentas de trabalho nos carrinhos e /ou caixas, obrigam o operador a colocar os itens sempre no mesmo lugar, na mesma gaveta ou compartimento, fazendo assim com que no decorrer do uso, ele decore sua posição e em sua próxima utilização economize tempo procurando a ferramenta. Esse sem dúvidas, é um investimento que traz grandes retornos em um curtíssimo período.


Rodrigo Borges é Diretor Presidente da Beta do Brasil, filial da Italiana Beta Utensili, fabricante de ferramentas manuais líder na Itália e Europa. É formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Paulista, com Pós Graduação em Administração pelo CEAG da Fundação Getúlio Vargas (FGV -SP) e MBA da Fundação Dom Cabral. Com mais de 25 anos de experiência, o executivo iniciou sua carreira como trainee na 3M do Brasil tendo passado por posições de liderança no Brasil e América Latina em Marketing, Vendas e Gestão de Unidades de Negócio, em empresas como: Vivo, HP, Swatch e Irwin. Antes de assumir a liderança da Beta do Brasil esteve a frente da marca Stanley, do grupo Stanley Black & Decker.