É fundamental que a área fiscal de uma indústria aposte sem medo em indicadores (KPIs).

De acordo com Melice Infante Finato, Coordenadora do MBA de Finanças da Live University, o principal motivo é porque ela se torna estratégica e deixa de ser apenas operacional.

“Como área de apoio nas tomadas de decisão, não basta apenas calcular e pagar tributos, é preciso, no mínimo, ter medições sobre os pagamentos dos impostos, dentre outras atividades”, explica a especialista.

Com os indicadores, a área fiscal pode mostrar todo o seu valor e a administração da respectiva empresa consegue tomar decisões mais assertivas sobre os ajustes dos preços e de custos.

Pode ainda investir melhor em expansão, melhorias, entre outros benefícios a longo prazo.

Principais indicadores fiscais

Conforme citado, os indicadores para a área fiscal de uma indústria ajudam a gerenciar as suas obrigações tributárias e garante efetividade na tomada de decisão por meio de ações estratégicas. No entanto, além disso, ela ainda garante conformidade com a legislação.

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“O mercado costuma usar alguns indicadores bastante operacionais, tais como quantidade de obrigações acessórias geradas por período, número de erros acusados na geração das declarações fiscais, prazos de validade de certidão negativa, valor total de cada imposto recolhido por período, entre outros”, detalha Melice.

Listamos a seguir os principais indicadores e suas importâncias:

1. Carga tributária

Trabalha a proporção dos impostos em relação ao faturamento bruto da empresa. Esse KPI ajuda a compreender o peso das taxas sobre as receitas.

2. Tributos a recolher

Aqui, o destaque vai para o total de impostos, as taxas e as condições sociais que a indústria deve pagar em um determinado período. O objetivo é garantir que a empresa esteja ciente das suas obrigações fiscais, de modo a planejar seus fluxos de caixa.

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3. Pontualidade

A empresa deve contabilizar o percentual dos tributos pagos dentro do respectivo prazo estabelecido. Dessa forma, evita multas, juros e demais problemas legais.

4. Créditos

Créditos são valores que a indústria tem para recuperar de impostos pagos ou de incentivos fiscais. O indicador serve para otimizar o fluxo de caixa com o aproveitamento do que a empresa tem direito.

5. Conformidade

Um dos principais indicadores é o de conformidade fiscal, pois mede o grau de aderência da empresa às normas e leis tributárias. Com isso, ela reduz riscos de autuações e penalidades por parte dos órgãos competentes.

6. Gestão tributária

Nesse caso, a empresa pode avaliar a sua própria capacidade de gerenciar os tributos com eficiência. A partir daí, é possível identificar áreas carentes de melhorias.

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7. Riscos

A avaliação dos riscos é também um indicador para a área fiscal. São métricas eficazes para identificar áreas de vulnerabilidade e que permitem o desenvolvimento de ações preventivas.

Segundo Melice, embora tenhamos alguns modelos, o ideal é criar os indicadores para a real necessidade da empresa e suas áreas. Mesmo porque a ferramenta se chama indicador (indica – dor), ou seja, deve apontar o ponto fraco a ser “atacado”, o problema a ser solucionado.

“Por exemplo, se a empresa está buscando saúde de caixa ou Ebitda maior, é excelente ter um indicador de juros e multa de tributos recolhidos em atraso por demora na entrega de notas fiscais de prestadores de serviços”, pontua.

Ainda conforme as explicações da especialista ao portal A Voz da Indústria, esse mesmo indicador pode mostrar as áreas que estão entregando notas fiscais com atraso e gerando prejuízo que poderia ser revertido em caixa ou lucro maior.

“Recomendo fortemente que todas as áreas fiscais busquem ajuda nisso, seja por meio de treinamentos ou até especialistas para a criação desses KPIs que geram tanto valor para a área e para a companhia.”

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