A Indústria 5.0 está chegando e promete provocar uma revolução no mindset das empresas e da sociedade. Seu advento vai exigir mudanças de estruturais: sai o design do século XX centrado na Indústria, entra o design centrado no humano do século XXI. 

O histórico e as consequências dessa revolução estiveram no centro da apresentação A Próxima Onda e a Transformação da Indústria 5.0, de Roger Medke, autor, palestrante e conselheiro em Inteligência Artificial, Inovação Estratégica e Educação do Futuro, no Parque de Ideias

“A forma de fazer negócios que a gente herdou do século passado não dá mais certo. As organizações que fazem mais sucesso são as mais ágeis”, explicou.

Revoluções por minuto 

Segundo o especialista, se antes os negócios eram regidos por modelos rígidos e lentos, com capacidade competitiva duradoura, os do novo século são caracterizados pela agilidade, flexibilidade e o entendimento de que a vantagem competitiva é transitória. 

“Tudo é mais rápido e fluido. Os jovens da nova geração vão mudar de profissão 12 vezes antes de completarem 50 anos de idade”, adiantou.  

Esta velocidade, potencializada pela tecnologia, faz com que não apenas uma revolução aconteça de cada vez para transformar os processos produtivos, mais várias delas ao mesmo tempo. É o caso do que estamos presenciando no momento: a Revolução dos Robôs, a quem vem da China e a da Inteligência Artificial. 

Isso faz com que os ciclos das ondas de inovação sejam cada vez menores, com impacto direto no Produto Interno Bruto mundial.  

Para se ter uma ideia, a primeira onda de inovação (mecanização do comércio, 1700-1845) gerou um impacto inferior a 3% no PIB; na quinta onda, a atual (Inteligência Artificial, nanotecnologia, bioeconomia), o impacto é de 18%. 

“É por isso que a gente não pode se apegar ao que nos trouxe até aqui. O profissional do Século XXI não é aquele que sabe ler e escrever, e sim o que sabe desaprender e reaprender”, afirmou Medke.

Pilares da Indústria 5.0 

Ele teoriza que a Indústria 5.0 se sustenta em três pilares: Sustentabilidade, Resiliência (caracterizadas pela agilidade e flexibilidade) e Humano no Centro (a promoção de capacitação de talentos). 

Outros pontos que definem a nova indústria são: 

  • Custo reduzido  
  • Empoderamento da força de trabalho 
  • Atração dos melhores talentos 
  • Agilidade e capacidade para desenvolver novas habilidades 
  • Vantagem competitiva em novos mercados 
  • Segurança e bem-estar aprimorados 

“Enquanto na Indústria 4.0 o trabalho se concentrou em conectar as máquinas e distanciou a mão de obra das fábricas, na 5.0 o foco do trabalho está na interação do humano com a máquina e na volta da mão-de-obra qualificada para as fábricas.” 

Assim, Medke elenca como principais desafios da nova indústria justamente tornar os processos centrados no ser humano e mitigar as preocupações e resistência à automação. 

“O caminho para superar esses desafios é capacitar a força de trabalho e deixar para os robôs os trabalhos repetitivos. Também é necessário construir caminhos de transição para que a expansão da tecnologia seja feita de forma sustentável e expandir a esfera de responsabilidade para toda a cadeia de valor”, concluiu. 

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6 a 10 de março – terça-feira a sábado  
De terça a sexta, das 10h às 19h, no sábado das 9h às 17h 
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