Hoje o mundo está presenciando uma nova revolução industrial que acontece em um ritmo bem mais acelerado do que as anteriores. Conhecida como Manufatura Avançada – e também chamada de Indústria 4.0 e Smart Factory –, ela é fundamentada pela conversão de diversas tecnologias pré-existentes no mercado, adaptadas às máquinas e aos equipamentos industriais. No Brasil, o conceito começa a ganhar força por meio do processo de modernização de fábricas multinacionais instaladas no país, principalmente na indústria automotiva e em ilhas de excelência no setor produtivo. E não à toa, vem recebendo boas projeções ao redor do mundo.
Uma pesquisa divulgada recentemente pela Zebra Technologies estima que o número de organizações com fábricas totalmente conectadas crescerá significativamente nos próximos cinco anos em todo o mundo. De acordo com o levantamento, até 2022, 64% dos fabricantes esperam estar totalmente conectados, em comparação com apenas 43% dos dias atuais. Afinal, conforme ressalta Paulo Roberto dos Santos, consultor em Manufatura Avançada, “as empresas que primeiro se prepararem para este novo ambiente conseguirão fidelizar mais clientes, além de aumentarem sua lucratividade pelo controle do processo produtivo e da sua cadeia de valor. ”
Chamado de “Estudo Sobre A Indústria Da Manufatura 2017”, o documento que analisa as tendências emergentes responsáveis por moldar o futuro da manufatura industrial apontou que os fabricantes estão percebendo os benefícios reais da conectividade de dados, como a maior visibilidade de todo o processo de manufatura e a rápida identificação dos pontos de falha e das informações relacionadas ao funcionamento interno de suas operações. O levantamento mostrou, ainda, que as empresas de manufatura esperam que a tecnologia e a automação continuem a transformar o chão de fábrica e a oferecer melhorias de qualidade em todos os seus estágios da produção.
O estudo global solicitado pela Zebra Technologies contou com 1.100 executivos de empresas automotivas, de tecnologia avançada, alimentícias, farmacêuticas, entre outras, para saber a opinião deles sobre a adoção de tecnologias no chão de fábrica para melhorar sua posição competitiva, como combinação de identificação por rádio frequência (RFID), tecnologias wearable (termo que significa “tecnologias para vestir”, ou seja, produtos que propõem uma integração cada vez maior da tecnologia com o ser humano), Big Data e Internet das Coisas (IoT).