Equipamentos de controle de fluxo são fundamentais dentro das indústrias. Compressores, bombas de vácuo e sopradores são utilizados em diferentes processos, desde a fabricação de produtos até o seu processamento. Tais equipamentos demandam uma série de cuidados para seu pleno funcionamento.
A utilização de compressores ar comprimido, como uma das principais tecnologias de controle de fluxo na indústria, data da Revolução Industrial. Porém, com o avanço da tecnologia na construção de máquinas mais modernas, como as bombas de vácuo, vem ganhando espaço no mercado. É uma das principais tendências em indústrias gráfica, do mármore, química e alimentícias.
José Luiz Bastos, gerente de operações da SomaFlux, empresa especializada no ramo de manutenção de equipamentos para controle de fluxo (compressores, bombas de vácuo e sopradores), traz alguma dicas importantes sobre a manutenção de bombas de vácuo com palhetas lubrificadas.
Para o primeiro passo é realizar a manutenção preventiva no período adequado. Todo equipamento possui componentes que possuem uma vida útil, e o especialista diz ter observado ao longo de sua carreira que muitas empresas acabam por estender muito o período destes itens e para a sua manutenção ou troca, com o intuito de conter gastos. “Contudo, a médio prazo os custos com reparos e até com a substituição de componentes acabam se tornando ainda maiores devido aos danos estruturais que todo o conjunto pode vir a ter”, explica Bastos.
As palhetas lubrificadas são os componentes mais caros de uma bomba desse tipo e o “coração” do sistema. Dessa maneira é fundamental que a troca de lubrificantes e filtros seja feita nas datas corretas. Por ano, estima-se que esse processo seja feito de 4 a 5 vezes. Seguindo à risca esta receita elevamos o tempo de vida útil das palhetas para até 5 anos, isto levando em consideração a maioria das bombas que possuem palheta de fibra ou outros componentes de desgaste. As palhetas de alumínio, porém, não possuem uma tem vida útil determinada por tempo, sendo necessária a troca somente por falha de manutenção ou operação.
Além da troca dos itens consumíveis, é indispensável fazer as inspeções de máquinas nos intervalos de troca, checar se as peças das bombas estão trabalhando no melhor de suas performances e verificar se a máquina está trabalhando na temperatura correta, sem vazamentos de óleo e com a vazão adequada.
“Com a performance correta, os equipamentos funcionam de maneira muito mais produtiva. Vamos exemplificar, o ciclo de uma máquina embaladora a vácuo para salsicha, que é a maior demanda dentro dos principais abatedouros, é de 9 segundos no total com 12 kg embalados a cada ciclo, para esta máquina funcionar são necessários até 3 equipamentos (2 bombs de palheta e 1 acelerador de vácuo), porém encontramos equipamento trabalhando com 20 segundos por ciclo, devido à baixa produção de vácuo por falha de manutenção, com isso perdem em torno de 3 ciclos por minutos. Fazendo uma conta simples isso daria uma perda de 36kg / minuto ou projetando um ano de trabalho, as perdas poderiam chegar a 11 toneladas, vamos ver quando isto representa: Vamos imaginar que se tiverem um lucro de R$ 0,50 / quilo e como, no exemplo, estão deixando de ganhar mais de R$ 5,5 milhões de reais por ano. Este exemplo é um retrato fiel do que nos deparamos muitas vezes na indústria”, diz o especialista. E por fim, completa, o ideal é sempre contar com profissionais habilitados ou empresas especializadas para esta atividade.