A quarta edição da FEIMEC – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos aconteceu no início de maio. Mais do que nunca, o tema Indústria 4.0 esteve em destaque nos estandes, com soluções e aplicações inovadoras.

Os visitantes puderam conferir de perto os avanços da Quarta Revolução Industrial e descobrir como eles vêm impactando diretamente o mercado.

Este conceito é marcado pela automação, junto com a interação entre o ambiente físico e o digital, a fim de promover uma transformação significativa na maneira como as empresas operam, produzem e se posicionam no mercado.

Vale ressaltarmos que, na indústria brasileira, diversos setores têm adotado a Indústria 4.0 há alguns anos com o objetivo de impulsionar os resultados e fortalecer a competitividade num cenário global.

Avanços da Indústria 4.0 no Brasil

Para apresentar alguns dos avanços, o portal A Voz da Indústria contou com informações precisas da Festo, empresa multinacional alemã especializada em produtos e serviços para controle e automação industrial, e seus especialistas.

Segundo a empresa, o salto tecnológico que vem sendo observado no país desde a última década revela como a respectiva evolução está trazendo vantagens para o setor industrial brasileiro.

A Festo realizou um levantamento sobre o que é a Indústria 4.0 no Brasil, que apontou as principais tecnologias constantes. São aquelas que promovem modernização, automação, eficiência, produtividade e inovação.

“As que merecem destaque são: Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, sistemas ciber-físicos, análise de dados, cibersegurança, computação em nuvem, digitalização, sistemas de simulação e big data.”

É inegável que a Indústria 4.0 vem se firmando no cenário global, trazendo impactos na indústria em nível mundial. Empresas do mundo inteiro que adotam os processos automatizados aumentam sua produtividade.

Além disso, a modernização permite a redução de alguns custos. O estudo da Festo mostra que a Indústria 4.0 é especialmente importante também para as microempresas. “A Indústria 4.0 evidencia a necessidade de mão de obra mais especializada em tecnologia”.

Indústria 4.0: evolução ao longo da década

2013

Segundo a pesquisa da Festo, 2013 foi o ano em que a indústria brasileira alcançou o seu maior pico histórico de faturamento. Os anos seguintes sofreram algumas quedas, as quais desafiaram a indústria a se reinventar. O que, de certa forma, acabou estimulando a adoção da própria Indústria 4.0.

“Na última década, houve um forte aumento na implementação de tecnologias industriais. Impressão 3D, automação e digitalização são alguns dos conceitos que mais trouxeram eficiência e aumentaram a competitividade brasileira na indústria”. O estudo aponta também que, nos primeiro anos da última década, tivemos mais teoria do que prática. Porém, quando começou a ser realmente adotada, a Indústria 4.0 trouxe um grande desenvolvimento para o país.

2020

A saber, o ano de 2020 foi especial, pois marcou a verdadeira adaptação da Indústria 4.0 no cenário brasileiro, além de proporcionar um certo otimismo. Segundo os dados levantados pela Festo, os setores de manufatura passaram a ser cada vez mais automatizados.

“Como consequência, a gestão de demandas está mais facilitada, há uma redução nos custos e uma maior competitividade no mercado. O estudo mostra também que, além de tudo isso, a digitalização de processos industriais e a virtualização do mercado também são essenciais para aumentar a eficiência e a adaptação das empresas.

2024

No levantamento da Festo vemos também que o setor industrial brasileiro precisou lidar com alguns desafios até chegar no cenário próspero atual. “A Indústria 4.0 foi implementada aos poucos e precisou contornar a queda de faturamento apresentada em 2013, além da crise mundial que se instalou em 2010”.

Outro ponto relevante é que há uma grande heterogeneidade no nível de aplicação tecnológica no parque industrial brasileiro. Isso significa que alguns setores são mais avançados do que outros. Dessa forma, possuem maiores oportunidades de expansão.

O futuro

Por meio do seu estudo, a Festo revela ainda algumas perspectivas futuras que indicam para onde a Indústria 4.0 pode levar o Brasil na próxima década, levando em conta as tendências atuais e as próximas inovações a serem adotadas.

“No geral, a indústria brasileira está otimista com seu futuro”, destaca a empresa.

Com base no relatório da CNI, é possível dizer que 17 entre 29 setores da indústria, independentemente do tamanho das empresas e das regiões do Brasil, estão confiantes em seu futuro.

Os maiores destaques estão nos setores de bebidas, alimentos, têxteis e máquinas e equipamentos.

Além disso, a pesquisa Indicadores Conjunturais da ABIMAQ, datada em junho de 2023, indicou crescimento na receita líquida de vendas de máquinas e equipamentos.

Enquanto isso, o segundo trimestre do ano teve crescimento de 2,7%, sendo que, pela primeira vez no ano, a melhora foi puxada pelo crescimento das vendas no próprio mercado doméstico.

“A economia brasileira está em um momento de transformação e adaptação, o que significa uma perspectiva de maiores oportunidades de crescimento no futuro.”

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