Ainda em fase de desenvolvimento no Brasil, a realidade aumentada pode aprimorar processos que vão além da linha de produção. Isso porque a tecnologia também ajuda a reestruturar atividades comerciais tradicionais, desde o design e a fabricação do produto até o serviço pós-venda.

Para tanto, são necessários três componentes:

  • Um objeto real com algum tipo de referência que permita interpretá-lo para a criação do objeto virtual;
  • Uma câmera ou outro dispositivo para fazer a transmissão da imagem do objeto real;
  • Um software capaz de interpretar o sinal que foi transmitido pela câmera ou pelo dispositivo.

Afinal, ao captar o objeto real, a câmera envia imagens para o software de realidade aumentada. E assim, o objeto virtual é “montado” e exibido em sobreposição ao real.

Dessa forma, é possível realizar simulações para entender diferentes cenários e testar novas composições de um objeto.

Realidade aumentada aplicada às atividades comerciais

Como vimos, a realidade aumentada não traz benefícios apenas às atividades da linha de produção de uma indústria.

“Ela é interessante tanto para o desenvolvimento no ambiente industrial B2B, quanto para ações com usuários finais ou consumidores”, ressalta Fernando Madani, coordenador do curso de Engenharia de Controle e Automação, do Instituto Mauá de Tecnologia.

Justamente por isso, a realidade aumentada abre possibilidades para diversas aplicações comerciais, que mesclam imagens reais e elementos virtuais. “O recurso enriquece a aderência e o nível de interação dos usuários com as situações/simulações e a visualização de produtos e processos”, explica.

Realidade aumentada na prática

Madani traz alguns exemplos práticos de realidade aumentada aplicados em diferentes indústrias. Confira:

  • Visualização de manuais sobre a imagem das máquinas nos procedimentos de manutenção e na prevenção de acidentes na montadora Renault;
  • Leitura de QR-code em produtos nas estações de qualidade para visualização dos procedimentos e validação do produto em ambiente assistido;
  • Aplicação no mercado imobiliário e de vestuário para que o consumidor visualize disposições do mobiliário em um ambiente e o caimento de roupas;
  • Ambientes de aprendizagem que permitem a integração com máquinas e equipamentos em um ambiente realístico.

Sua indústria está preparada para incorporar a realidade aumentada? Conte pra gente no campo de comentários abaixo e até a próxima.