Man and machine

Robôs: destruidores de empregos…

Alguns economistas e industrialistas acreditam que o processo de robotização é sinônimo de desemprego.

Esta é a conclusão apresentada pelo Fórum Econômico de Davos em um recente estudo aprofundado de 15 países. De acordo com o estudo, a tecnologia robótica deverá destruir 7,1 milhões de empregos nos próximos cinco anos, enquanto criará apenas 2 milhões.

… ou criadores de empregos?

Rob Atkinson, presidente da Fundação de Tecnologia da Informação e Inovação, uma usina de idéias, tem opinião diferente. Em 2013, ele escreveu um artigo para um capítulo do MIT em tecnologia: “quando uma máquina substitui um trabalhador, há um efeito de segunda ordem: a organização utiliza máquinas para economizar dinheiro e esse dinheiro volta para a economia. Esse dinheiro é gasto, o que estimula a demanda de outras empresas contratando mais trabalhadores”.

Os países mais automatizados (China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Alemanha) são aqueles com menores taxas de desemprego. Além do mais, robôs não podem substituir todos os empregos, particularmente aqueles que exigem habilidades interpessoais e habilidade de se adaptar rapidamente: “aqueles que combinam habilidades técnicas com interações interpessoais, flexibilidade e adaptabilidade para oferecer serviços que são exclusivamente humanos”.

Uma opinião dividida entre muitos experts em tecnologia digital e robótica enfatiza a importância da inventividade humana: “Hoje, as empresas que experimentam ganhos de produtividade graças aos robôs vão reinvestir em startups inovadores, novos softwares, aplicativos, soluções ecológicas e todas as áreas onde a inventividade humana é indispensável”. O talento humano é essencial para treinar, reparar e gerenciar o rápido crescimento da força de trabalho robô, bem como para desenvolver a indústria de tecnologia robótica, um setor próspero por natureza.

Robotização nos cinco maiores mercados (números de 2015)

Robôs adquiridos anualmente    Taxa de desemprego
China: 68.000 4,1%
Coreia do Sul: 38.000 3,7%
Japão: 35.000 3,5%
Estados Unidos: 28.000 5,3%
Alemanha: 20.000 4,7%

“Quando uma máquina substitui um trabalhador, há um efeito de segunda ordem: a organização utiliza máquinas para economizar dinheiro e esse dinheiro volta para a economia. Esse dinheiro é gasto, o que estimula a demanda de outras empresas contratando mais trabalhadores”.  (Rob Atkinson)

                                            

Responsabilidade, tomadas de decisão, criatividade – no ecossistema do robô, os humanos realmente têm um papel central a desempenhar

Na indústria automotiva, 2010 – 2015:

80 mil novos robôs industriais instalados/ 230 mil empregos criados

+3% de aumento anual médio no estoque de robô (+13 mil unidades) / +2,5% de aumento anual médio no numero de empregos (+93 mil empregos).

Na Europa, a automação tem um impacto positivo nos empregos.

1. A automação reduz custos de produção;

2. Custos de produção reduzidos significam produtos com preços mais baixos;

3. Produtos com preços mais baixos aumentam a demanda;

4. Maior demanda tem um impacto positivo nos empregos

 

Este artigo foi escrito por Marcelo Magdaloni Silva, General Manager – Stäubli São Paulo ([email protected]