Empresas estão constantemente buscando reduzir despesas e continuarem competitivas. Para que isso aconteça, é preciso que elas se reinventem e se reorganizem. A logística é uma ferramenta que possibilita essas vantagens impactando de diversas maneiras na estrutura de custos, dependendo de fatores como valor dos materiais, nível de serviços, grau de investimento etc.

Um passo importante, de acordo com o diretor do IBRALOG (Instituto Brasileiro de Logística), Nyssio Ferreira Luz, é analisar os processos internos e externos na busca por ineficiências. O mandamento deve ser o de reduzir custos e não simplesmente repassar os custos para o elo anterior ou seguinte da cadeia de suprimentos.

“Não basta exigir do fornecedor que ele invista em uma solução sem identificar os reflexos nos custos para o cliente.”

Luz afirma, no entanto, que “os custos não são eliminados, eles se transformam”; normalmente em casos em que não há desperdícios declarados como embalagens totalmente desnecessárias, transportes urgentes ou excesso de estoques por políticas de suprimentos inadequadas. Analisando essas situações é possível detectar que um elo da cadeia de suprimentos, por exemplo, não paga por determinada exigência, e isso aumenta os custos para o elo anterior ou posterior.

Assim, surge a dúvida “Será que foram eliminados os custos?” Isso gera o desafio de identificar os chamados “custos ocultos”, ou seja, os que não são declarados e, em muitos casos, embutidos como se fossem realmente parte essencial dos processos produtivos, “travestidos” de melhorias.

Para alcançar a redução de custos, Nyssio lista três competências logísticas que podem ser utilizadas pelas empresas:

1. INBOUND – fluxo de entrada de materiais

a. Programação de recebimento de materiais – insumos, matérias-primas semielaborados etc;

b. Contratação eficiente de transportes – nível de serviço e tarifas justas

c. Desenvolvimentos de programas colaborativos com fornecedores para:

• Melhorias em embalagens e dispositivos retornáveis e embalagens de venda

• Horários de funcionamento de expedição

• Programação das atividades de carregamento de veículos de expedição

• Melhorias nos processos de logística reversa – retorno, disposição ou descarte de embalagens e dispositivos.

2. INNER- fluxo interno de materiais

a. Armazenagem adequada

b. Layout adequado do chão de fábrica – Otimização dos fluxos de produção para se evitar gargalos /acúmulos.

3. OUTBOUND – fluxo de saída de materiais

a. Contratação eficiente de transportes – nível de serviço e tarifas justas

b. Desenvolvimentos de programas colaborativos com clientes para:

• Melhorias em embalagens e dispositivos retornáveis e embalagens de venda;

• Horários de funcionamento de expedição;

• Programação das atividades de carregamento de veículos de expedição;

• Melhorias nos processos de logística reversa – retorno, disposição ou descarte de embalagens e dispositivos.