O conceito das impressoras 3D, também conhecida como manufatura aditiva, já é uma realidade na indústria brasileira. E não é pra menos: graças à tecnologia de Laser Metal Fusion (LMF), laser e pó metálico constroem qualquer componente desejado, baseado em um modelo digital 3D, ao contrário do processo de usinagem tradicional, no qual a fabricação de uma peça consiste na retirada progressiva do cavaco de grandes pedaços metálicos para alcançar o produto final.
No processo de LMF, a peça é construída camada por camada, a partir de um substrato coberto por pó. Essa tecnologia é indicada para peças com geometrias complexas – aquelas com canais internos ou furos, e para fabricação mais econômica de peças individuais, protótipos ou pequenas produções em série.
A máquina TruPrint 1000 – apresentada na EXPOMAFE – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial, realizada no São Paulo Expo até o dia 13 de maio – pode gerar peças de até 100 mm de diâmetro e 100 mm de altura. A câmara de processamento contém o cilindro de armazenamento, o cilindro de construção e o cilindro de descarte de excesso de pó, alinhados um ao lado do outro. O processo acontece quando o dispositivo mecânico aplica a camada de pó, a partir do cilindro de armazenamento para o cilindro de construção, e recebe a aplicação do laser. Ao mesmo tempo, na interface do usuário, otimizada por uma tela touchscreen simplificada, é possível acompanhar cada fase do processo.
Além de mais rápida, padronizada e eficiente que a fabricação tradicional, a impressão 3D também promove a redução de custos, embora chegue a custar até 250 mil euros (cerca de 850 mil reais). Ela também não requer muita mão de obra, mas necessita de profissionais especializados no design de peças 3D. “A parte mais complexa desse processo é a concepção do projeto, a engenharia da peça e como ela vai ser sustentada, já que o pó, apenas, não dá a sustentação necessária. O projetista, portanto, ‘é o cara’”, explica João Visetti, diretor-presidente da Trumpf.