Eles podem ser líquidos (óleos e emulsões), gasosos e até sólidos (como o grafite). Frequentemente chamados de lubrificantes ou refrigerantes, em virtude de suas principais funções – reduzir o atrito entre a ferramenta e a superfície de corte (lubrificação) e diminuir a temperatura na região de corte (refrigeração) –, os fluidos de corte são fundamentais para qualquer processo de usinagem. Tanto é que o mercado possui, hoje em dia, uma variedade enorme do produto, o que, muitas vezes, pode causar dúvidas sobre qual tipo utilizar em cada processo produtivo da indústria metalmecânica.

A escolha do fluido de corte ideal é muito importante, pois é ele que dá mais eficiência ao processo de usinagem, maior qualidade às peças usinadas, aumento da vida útil das máquinas e ferramentas, além da redução dos custos envolvidos em todo o processo.

Fluido de corte ideal para cada processo de usinagem

Para fazer a escolha do fluido de corte é preciso levar em conta uma série de fatores. Na preparação, por exemplo, recomenda-se utilizar óleos naturais, com altas aditivações de enxofre. Já na usinagem em geral, os óleos solúveis, de origem mineral, semissintético, vegetal ou sintético, são os mais indicados, enquanto que, na retificação, os lubrificantes solúveis de alto poder de lavagem costumam ser mais utilizados para evitar o empastamento do rebolo. Na furação profunda e no rosqueamento, no entanto, os óleos integrais são os mais utilizados, diferentemente do que ocorre no aplainamento, que recebe melhor os óleos refrigerantes.

“A escolha feita de forma correta possibilita, inicialmente, uma economia no processo, já que as operações ganham mais velocidade, os intervalos de parada para troca de ferramentas tendem a ser menores, o ambiente não se torna prejudicial ao operador, além de haver economia de energia, baixa formação de névoa e economia da ferramenta de corte, assim como o aumento de sua vida útil”, destaca Clodoaldo da Costa, especialista em Educação Profissional do Senai/SP.

A importância da análise

A análise para escolher o lubrificante também precisa considerar o tipo de máquina utilizada pela indústria. Para operações variadas, como máquinas CNCs (máquinas de comando numérico computadorizado), que possibilitam diferentes operações, as opções de uso de fluido de corte são mais amplas.

O aço é um exemplo de material que pode receber diversos tipos de óleos, por apresentar uma usinabilidade variada devido às suas diferentes ligas. Situação diferente do magnésio, que por ser um material pirofórico (inflama espontaneamente), não pode ser trabalhado com fluidos à base de água, por conta do risco de ignição (combustão).

“A partir da escolha correta do fluido, há uma redução significativa do descarte dos óleos utilizados, ocasionando uma diminuição substancial dos custos ligados ao processo de usinagem”, conclui o especialista do Senai SP.

Tudo isso, claro, acompanhado do suporte técnico adequado do fabricante, uma vez que a empresa fornecedora da ferramenta exerce um papel fundamental para a vida longa e útil da solução.

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