Na edição 2025, a eficiência energética ganhou destaque no Palco EXPOMAFE, com um bate-papo conduzido por Gustavo Godoy, da WEG. O encontro reuniu profissionais do setor interessados em como a transição energética vem transformando a maneira como a indústria produz, consome e pensa em energia.
Gustavo começou a apresentação resumindo a urgência do tema. “A emissão de gases do efeito estufa é o verdadeiro vilão da história”, destacou. A propósito, a respectiva frase sintetiza um desafio global e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade, que é reduzir desperdícios, otimizar recursos e alinhar a operação industrial às práticas de sustentabilidade e governança corporativa, os quais temos abordado constantemente aqui no portal A Voz da Indústria.
A chamada transição energética não é um conceito distante. Trata-se de uma mudança prática e inevitável no modo como a energia é gerada, distribuída e utilizada. Para explicar esse processo, o representante da WEG apresentou quatro pilares essenciais que sustentam o novo modelo energético da indústria: eficiência energética, eficiência operacional, energias renováveis e mobilidade elétrica. Confira!
Primeiro pilar: eficiência energética
O ponto de partida, segundo o especialista, está nos próprios equipamentos industriais. Motores elétricos, redutores e sistemas de acionamento são o coração da produção, portanto, os maiores consumidores de energia. “Hoje, no Brasil, temos uma regulamentação chamada IRT, que define o menor nível de rendimento permitido para que motores possam ser comercializados ou fabricados”, explicou.
Em outras palavras, modernizar o parque fabril é essencial. Equipamentos eficientes não apenas economizam energia, mas também ampliam a vida útil das máquinas e reduzem custos operacionais.
Segundo pilar: eficiência operacional
A eficiência energética não depende apenas dos equipamentos, mas também da forma como eles são utilizados. Esse segundo pilar envolve o uso de sensores inteligentes, sistemas de automação e gestão de ativos.
“Hoje, conseguimos monitorar motores, máquinas e inversores de partida em tempo real. Isso permite antecipar falhas, reduzir paradas e otimizar o uso de energia”.
Ou seja, a automação é uma aliada estratégica. Ao integrar dados e controlar o funcionamento das máquinas com precisão, a indústria ganha, além de eficiência, previsibilidade e sustentabilidade em suas operações.
Terceiro pilar: energias renováveis
O terceiro pilar aborda a origem da energia consumida. A expansão das fontes solar, eólica e hídrica é fundamental para que a indústria reduza a pegada de carbono. No entanto, como ressaltou Gustavo, “as fontes renováveis são intermitentes”. Isto significa que a produção de energia depende de fatores naturais, como o sol e o vento.
Por isso, cresce a importância dos sistemas de armazenamento de energia, que permitem equilibrar oferta e demanda, garantindo estabilidade mesmo em momentos de baixa geração. Integrar essas fontes renováveis com soluções de automação e controle é um dos grandes diferenciais competitivos da indústria moderna, conforme pôde ser visto na palestra em questão.
Quarto pilar: mobilidade elétrica
O quarto pilar apresentado pelo convidado da EXPOMAFE 2025 é a mobilidade elétrica. De acordo com Gustavo, é ela que conecta a indústria a uma cadeia produtiva mais limpa e inovadora. A eletrificação de frotas, a produção de componentes para veículos elétricos e o investimento em infraestrutura de recarga já fazem parte da realidade industrial brasileira.
A mobilidade elétrica, então, representa um elo entre indústria e sociedade. Trata-se de um símbolo visível da transição energética que, aos poucos, deixa o campo conceitual.
O caminho para o futuro
Ainda na palestra, Gustavo reforçou que a eficiência energética é mais do que uma tendência, é uma necessidade estratégica. Para alcançar resultados sustentáveis, é preciso unir tecnologia, inovação e consciência ambiental. Cada pilar da transição energética representa uma etapa do mesmo propósito: reduzir desperdícios, cortar custos, aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, proteger o planeta. Pelo visto, a indústria que compreender essa conexão estará pronta para competir em um mercado global cada vez mais exigente e responsável.
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