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Liderança fora da caixa e olhos no futuro: o último dia da Indústria Xperience

Article-Liderança fora da caixa e olhos no futuro: o último dia da Indústria Xperience

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O último dia da edição 2021 do Indústria Xperience reforçou uma verdade: o futuro é agora, e a liderança precisa agir e se tornar protagonista desse novo momento do setor industrial.

O último dia da edição 2021 do Indústria Xperience reforçou uma verdade: o futuro é agora, e a liderança precisa agir e se tornar protagonista desse novo momento do setor industrial. Na manhã do terceiro dia de evento, as palestras da 14ª ABIMAQ Inova abordaram como a transformação digital já está acontecendo e o que empresas de todos os portes podem fazer para participar desse movimento.

João Delgado (ABIMAQ) recebeu para o primeiro painel Carlos Boechat (Accenture) e Maurício Casotti (CPqD), em uma discussão que colocou as pessoas no centro da conversa. “Vivemos a era da convergência das tecnologias habilitadoras da indústria 4.0, em que estamos discutindo o uso dessas soluções dentro e fora do chão de fábrica”, comentou Boechat. “Mas não adianta ter as melhores ferramentas, equipamentos e processos se a empresa não tem uma equipe engajada na mudança e uma liderança com mindset de transformação cultural”, alertou. Delgado completou o pensamento reforçando que o foco deve sempre estar nas pessoas que vão utilizar a e aplicar a solulão. “Muitas vezes, o medo da tecnologia na verdade é um medo da gestão dessa nova abordagem de negócios”, disse.

Casotti, recebido na sequência, reforçou a necessidade de estabelecer um novo plano de ações para guiar a implantação tecnológica. “Montar um roadmap é indispensável para desenhar e entender essa visão de futuro, olhando não só para o seu negócio, mas sim para todo o ecossistema do negócio. É importante olhar para fora para saber direcionar o investimento interno”, apontou. O especialista do CPqD reforçou também a característica coletiva desse momento: “nunca foi possível inovar sozinho, e isso nunca foi mais verdade do que hoje”, defendeu.

O segundo painel da manhã reforçou que as novas oportunidades de negócio para a indústria dependem tanto de tecnologia quanto de comprometimento das equipes. Juliana Burza (Instituto CESAR) iniciou a conversa comentando o quanto é desafiador reter talentos em um mundo tão conectado e com tantas oportunidades. “Antes, pensávamos muito em inovação como times de engenharia e design dentro de casa, escondidos da concorrência, trabalhando em projetos secretos”, disse. “Hoje, vivemos uma era que precisa valorizar os projetos conjuntos, a inovação aberta e coletiva, que resulte em soluções que beneficiem todos os parceiros”, comentou. “As empresas, principalmente em momentos de crise como a da pandemia, precisam focar em observar e desenvolver novos modelos de negócio, já que os planos antigos sofreram impactos grandes e exigiram reinvenção”, completou.

Bernardo Bregoli (Randon Tech Solutions), que completou o painel, ilustrou esse conceito com um case interno da Randon. “Utilizando as expertises internas da empresa, nossos laboratórios primeiro geraram soluções internas para nossas necessidades – mas o próximo passo é utilizar esses resultados para gerar novos negócios, inclusive externos, com parceiros e clientes”, contou. “A ideia é converter oportunidades em soluções efetivas”, explicou.

Lean manufacturing e curso A Voz da Indústria

Na primeira palestra da tarde, o professor e embaixador do evento, Mauro Andreassa (IMT), recebeu Eduardo Linzmayer (IMT) para dividir casos reais dos projetos de manutenção preditiva e prescritiva de máquinas, aplicados no campus do Instituto Mauá de Tecnologia.  Apresentando a metodologia do projeto e detalhando etapas e equipamentos envolvidos, o coordenador do IMT dividiu com os presentes parte do trabalho prático executado por professores, alunos e pesquisadores no processo. “Comentamos sempre com os alunos que temos dados sendo gerados o tempo todo, mas que eles por si só não funcionam: é preciso trabalhar esses dados”, defendeu, abordando a necessidade do pensamento estatístico diante dos dados.

Na sequência, a consultora em Lean Manufacturing, Fabiana Giusti abordou em detalhes o conceito de TPM (Total Productive Management) e o sistema Lean de produção. “A TPM só é alcançada quando você tem um trabalho focado, voltado ao desenvolvimento da produção, mas também das pessoas”, comentou. “Todo o sistema Toyota de produção segue dois nortes principais: a busca pela redução de desperdícios e pela estabilidade.”, explicou. Durante o evento, também foi apresentado um teaser do primeiro curso A Voz da Indústria, ministrado pela professora Fabiana, com inscrições abertas em breve.

Liderança e pós-pandemia

Abordando o mundo VUCA e a multiplicidade de possibilidades do mundo contemporâneo, o professor Mauro Andreassa (IMT) trouxe aos presentes uma reflexão sobre o papel da liderança nesse contexto. “Não pense que essa crise, que já está perto do fim, vai permitir que a gente volte ao mundo antigo e nada mais mude. Outras crises virão, e precisamos estar preparados para os próximos acontecimentos que vão transformar nosso mundo”, alertou o embaixador da Indústria Xperience.

“Nós vivemos em um mundo volátil, onde esse dito líder fora da caixa precisa ter claro que os títulos não são o que você é, mas o que você está. O líder hoje deve ser também um professor – porque o maior ativo de uma empresa, hoje, é o conhecimento”, defendeu, apontando que títulos e diplomas não devem mais ser o foco da liderança. “O líder precisa se adaptar para sobreviver nesse novo contexto. Vivemos num mundo que depende da inovação e sabemos que se os negócios não forem inovadores, não vão sobreviver”, disse.

Encerrando o evento, o palestrante convidado foi Caio Mastrodomenico (Vallus Capital), abordando o pós-pandemia na indústria e novos hábitos de consumo, que aponta para um cenário de recuperação em todo o segmento industrial. “A indústria opera em constante velocidade de cruzeiro e, com a chegada da pandemia, houve a necessidade de reduzir o ritmo, diante da redução do consumo”, contextualizou.

“A indústria foi forçada a uma parada repentina na produção, sem que os custos diminuíssem. Houve um comprometimento de toda a cadeia de fornecedores”, explicou. Apontando para um cenário de recuperação, o especialista citou os novos comportamentos dos consumidores, como a compra online e valorização da experiência do cliente, e como a indústria pode se preparar para esse novo momento.

Todos os conteúdos dos três dias de evento estão disponíveis para assistir na íntegra, basta acessar a plataforma Indústria Xperience. Confira a programação completa e inscreva-se!

 

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