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Investimentos em eficiência energética são crescentes nas indústrias

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Muitos são os cases de indústrias brasileiras que já investem em eficiência energética e vem tendo excelentes resultados com suas estratégias

Responsável por diminuir o gasto de energia para produzir a mesma quantidade de produto, a busca pela eficiência energética é cada vez mais incessante dentro da sociedade.

Dentro do setor industrial, a preocupação em adotar ações de eficiência energética em seus processos e produtos é cada dia maior. Consequentemente, os investimentos são crescentes neste segmento.

Uma pesquisa encomendada pela ABB comprova isso. No Brasil, pouco menos da metade já está investindo no aumento da eficiência energética (48%) e mais da metade está planejando (51%) esse tipo de investimento – o maior índice entre os países pesquisados.

Aceleração dos investimentos em eficiência energética

Encomendada pela ABB, a pesquisa de investimentos em eficiência energética 2022 mostra que a indústria brasileira está intensificando seus investimentos, visando redução de custos e cumprimento de compromissos de sustentabilidade corporativa.

O levantamento foi realizado com 2.294 empresas em 13 países, inclusive o Brasil. Em território brasileiro, pouco menos da metade já está investindo no aumento da eficiência energética e 89% dos entrevistados esperam que seu investimento em eficiência energética aumente nos próximos cinco anos.

Para Marcelo Palavani, diretor da área de negócios de motion da ABB no Brasil, essa aceleração dos investimentos em eficiência energética no país é uma notícia bastante positiva diante do atual cenário.

Com o crescimento populacional e econômico, as mudanças climáticas podem chegar a um ponto crítico. Esse cenário se torna ainda mais complexo diante dos avanços da urbanização e da tensão geopolítica.” 

Ao realizar estes investimentos em eficiência energética, a indústria busca:

  • Redução dos impactos ambientais;
  • Melhora na qualidade do ar;
  • Redução de custos e economia.

Alto custo ainda é barreira a ser vencida

Ainda segundo a pesquisa, das empresas que já investem em eficiência energética, 3 em 5 (60%) estão atualizando seus equipamentos para alcançar maiores eficiências, como motores elétricos de alta eficiência controlados por acionamentos de velocidade variável.

No entanto, 47% dos gestores de empresas no país apontaram o alto custo como uma grande barreira para melhorar a eficiência energética de seus processos. 

Apesar disso, a busca pela economia foi o motivo mais importante na realização desse tipo de investimento (71%), seguido por compromissos de sustentabilidade corporativa (69%).

Palavani explica que isso significa que o investimento inicial atua como um obstáculo que impede ganhos de longo prazo. Para ele, é crucial que governos e indústria entendam que a adoção de tecnologia de eficiência energética proporciona um rápido retorno do investimento enquanto reduz as emissões de CO₂. 

“A eficiência energética traz grandes benefícios para os negócios, para a imagem da empresa e para o meio ambiente. Ou seja, esse é um tipo de investimento com excelentes possibilidades de retorno.”

Neste contexto, há alguns mecanismos de promoção da eficiência energética que garantem um certo protagonismo para a indústria brasileira. Dentre estes mecanismos merecem destaque:

  • Política Energética Nacional;
  • Lei de Eficiência Energética;
  • Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL;
  • Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural – CONPET;
  • Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE;
  • PROESCO - Apoio a Projetos de Eficiência Energética que possui linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Empresas já têm sucesso em ações de eficiência energética

Dentro do ambiente industrial, o uso racional de energia é crucial para que as empresas do segmento consigam diminuir seus custos de produção e reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

Neste contexto, muitas são as empresas que já vêm levando muito a sério este tipo de investimento, caso da Shell, da Marcopolo e da Atlas Copco.

Recentemente a Shell adquiriu 100% da Solenergi Power e, com ela, o grupo de empresas Sprng Energy, que é uma plataforma de energia renovável com sede em Pune, na Índia.

A Sprng Energy tem como foco o desenvolvimento e gestão de instalações de energia renovável, como parques solares e eólicos e ativos de infraestrutura.

Com essa aquisição, a expectativa da Shell é triplicar sua capacidade renovável atual, ajudando a concretizar sua estratégia Powering Progress. 

A Marcopolo, por sua vez, iniciou a produção do seu primeiro ônibus 100% elétrico. O objetivo da empresa é contribuir com a mobilidade urbana e com a preservação ambiental, por intermédio do uso destes veículos elétricos, além de veículos híbridos e autônomos.

Por fim, a Atlas Copco tem na eficiência energética uma de suas grandes bandeiras. Para isso, a empresa está concluindo a certificação ISO 50001: 2001, uma das mais importantes no mundo sobre gestão de energia.

Com isso, a empresa pretende aprimorar sua matriz energética, trabalhando na conscientização dos seus colaboradores e avisando sobre meios de economizar energia em todos os setores.

Tendência mundial que beneficia todos

Não há como contestar, nos últimos anos o interesse das empresas em gastar menos energia é crescente em todo o mundo. 

Essa preocupação pode ser atendida com a simples troca de lâmpadas por sistemas mais econômicos até a adoção de máquinas e equipamentos mais eficientes.

No Brasil, Anderson Grava, diretor de engenharia da Gestal, explica que a necessidade por eficiência energética é ainda maior. “A energia no Brasil é cara, e ainda estamos muito distantes de alguns países. Por isso, temos um longo caminho a percorrer, mas favorável para ações nesse sentido”, afirma.

O mais interessante é que, além da indústria, o cidadão comum também é beneficiado com as soluções de eficiência energética. 

Segundo Grava, os produtos podem chegar ao mercado com custo menor. “Ao aumentar a eficiência energética, as empresas irão gastar menos no processo de produção”. 

Por fim, o investimento privado em soluções energéticas também é uma forma de complementar a responsabilidade governamental neste setor. “Esse dinheiro economizado pode ser investido em outras necessidades da população”, conclui.

Aproveite este conteúdo para conhecer algumas dicas para alcançar eficiência operacional na sua indústria.

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