O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) é uma métrica e tem grande influência sobre a margem de lucro de uma empresa, bem como nos seus relatórios financeiros. Quem comercializa bens pode usá-lo para obter cálculos mais precisos, de modo a garantir uma análise clara sobre a rentabilidade dos negócios para projeções assertivas. O CPV permite ajustes estratégicos tanto no preço final dos produtos quanto no controle do estoque.

“A relevância de uma operação enxuta e um panorama amplo sobre as finanças depende de um bom olhar para as métricas”, ressaltam os especialistas da TOTVS. Por isso, o Portal A Voz da Indústria preparou um conteúdo especial, de modo que você compreenda o que é CPV e como usar esse indicador. Aproveite a leitura!

O que é CPV?

O CPV diz respeito ao total dos custos diretos dedicados à produção de uma empresa, vendidos em um certo período. Estes valores compreendem as cifras investidas nas matérias-primas, processo de fabricação, contratações, etc. Ou seja, tudo o que estiver diretamente ligado ao processo de manufatura.

Atualmente, o CPV é considerado como um dos principais e mais importantes indicadores financeiros. Ele tem influência direta sobre a margem de lucro bruto e a lucratividade real de uma organização. Ainda segundo a TOTVS, mais que uma linha no demonstrativo de resultados, o CPV funciona como uma lente que oferece aos gestores uma visão detalhada de como os recursos estão sendo empregados na produção de bens ou serviços.

Logo, o cálculo é fundamental para que a gestão possa determinar um preço ideal para a venda dos produtos sem perder nenhuma margem de lucro e ainda garantir competitividade no mercado. “Naturalmente, isso representa insights valiosos sobre onde uma empresa está gastando mais e como esses custos afetam a margem de lucro”. Ou seja, decisões financeiras tendem a ser mais efetivas quando tomadas com base no CPV, tendo como alicerce a contabilidade e a análise dos custos.

O CPV tem algum papel na gestão do estoque?

O CPV participa do estoque como protagonista, refletindo o custo real dos produtos vendidos. Engana-se quem pensa que essa métrica é efetiva apenas para dispor o valor do inventário. Ou seja, as empresas podem gerenciar seus estoques com mais eficiência, evitando certos “pecados”, como o excesso ou a falta de produtos e materiais. Com isso, as despesas operacionais acabam sendo melhor controladas também e os resultados cada vez mais positivos.

Quais são os custos que o CPV compreende?

O CPV é composto por alguns custos e eles devem ser sempre considerados nas planilhas e inventários. O primeiro é o custo das mercadorias adquiridas ou fabricadas (matérias-primas, mão de obra direta, etc), ao passo em que o segundo é o de armazenagem e transporte – considerando-se a movimentação dos produtos – da produção à venda. Já o terceiro custo engloba todas as despesas que são diretamente atribuídas à produção ou à compra de bens.

Diferenças entre CPV, CMV e CSV

O CPV é, comumente, confundido com o CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) e/ou com o CSV (Custo dos Serviços Vendidos). Eles são, de fato, semelhantes, mas não são utilizados nos mesmos cenários. O CPV é utilizado para produtos manufaturados, enquanto o CMV é mais comum na comercialização de mercadorias. Já o CSV está envolvido com os custos diretos dos serviços prestados.

Cálculo

Especificamente o CPV deve ser calculado com a seguinte fórmula:

CPV = estoque inicial + custos de insumos + mão de obra + gastos gerais de fabricação – estoque final

É preciso tomar cuidado para não cometer erros, entre eles, o de incluir custos que não estão diretamente relacionados aos produtos vendidos. Outro ponto de atenção é cuidar para não ignorar despesas operacionais. Por isso, os princípios da contabilidade de custos devem ser respeitados e considerados da maneira mais correta possível.

A TOTYS completa que, quando essa análise é feita com precisão, ela possibilita que as empresas identifiquem áreas com custos potencialmente elevados. Também ajuda a enxergar oportunidades para aumentar as margens de lucro, seja por meio de melhorias operacionais ou negociações mais vantajosas com fornecedores.

 O CPV deve ser acompanhado regularmente?

Quando uma empresa decide monitorar o CPV com certa regularidade, adquire algumas vantagens, entre as quais, um melhor controle dos custos de fabricação e das operações e auxílio considerável na formação de preços competitivos e no aumento da margem lucrativa bruta. Ela auxilia ainda na tomada de decisões estratégicas com relação ao estoque e à manufatura, expandindo a visão dos gestores.

De acordo com a AllStrategy, o CPV é importante também para observar, além da eficiência da produção, a própria logística, a precificação e o mix de produtos. “Os resultados gerados pelos cálculos são essenciais para orientar o planejamento orçamentário da organização, assim como as próximas ações estratégicas. Nesse contexto, e a partir dos dados adquiridos, os gestores irão tomar decisões baseadas em números sólidos”.

Em suma, o cálculo correto do CPV é primordial para preservar a eficiência da gestão de uma empresa, com foco nos lucros. Quando a respectiva métrica é acompanhada periodicamente é possível otimizar os processos, ajustar estratégias e garantir análises mais detalhadas dos resultados que estão em foco. O futuro está na análise dos dados. “Portanto, saber como extrair dados de maneira segura é parte indispensável do processo”, finaliza a AllStrategy com relação ao CPV.

Para melhorar seus resultados e ficar por dentro das métricas mais importantes do mercado, acompanhe o Portal A Voz da Indústria. Todos os dias você confere as principais tendências do setor para inovar sem medo