Considerada um dos pilares da Manufatura Avançada (Indústria 4.0), a realidade aumentada está empolgando empresários em busca de corte de custos e eficiência nos processos industriais. Segundo um estudo da empresa de software PTC, o mercado de realidade aumentada movimentou US$ 2 bilhões em 2017, o equivalente a R$ 3,5 bilhões. A estimativa para 2018 é US$ 7 bilhões, ou seja, R$ 25 bilhões. Para 2021, a projeção é de US$ 63 bilhões (R$ 222 bilhões).

Entre os setores que estão na vanguarda em relação ao uso da tecnologia, destaque para o setor industrial. Afinal, a realidade aumentada pode propiciar uma série de benefícios para as empresas, embora seja necessário entender que ela só faz sentido pleno quando compreendida dentro de um contexto maior, que envolve a Manufatura Avançada.

“Sozinha, esta tecnologia não ajuda em nada. É a sua junção com outros conceitos que vai fornecer a sua melhoria”, ressaltam Ari Nelson Costa e Antonio Carlos Dantas Cabral, professor de pós-graduação e coordenador do curso de Engenharia de Produção do Instituto Mauá de Tecnologia, respectivamente.

Benefícios da realidade aumentada na indústria

A princípio, o que orienta a realidade aumentada são os sistemas de produção cyber-físicos (CPPS). É por meio deles que podem ser entendidos os seus benefícios.

No ambiente industrial, as técnicas de realidade aumentada podem ajudar as empresas no que diz respeito à eficiência energética, de recursos e de mão de obra, de modo que todos os arranjos sejam mais produtivos. Elas podem ser aplicadas, ainda, para acompanhar a temperatura de um determinado componente, ou a presença de alta tensão em um circuito, por exemplo, alertando os usuários sobre o risco de queimaduras ou choques elétricos.

Quando combinada com a Internet das Coisas, por exemplo, a tecnologia pode mostrar o estado de um determinado produto – se ele já está montado, se tem algum defeito, se ainda falta algo na linha de produção – a qualquer um que tenha acesso a um tablet, celular ou computador.

“Vai existir uma sinergia muito grande entre a realidade aumentada e a internet das coisas. O funcionário pode estar na Índia, por exemplo, reconhecer que tem algo errado e fazer uma ação de intervenção”, comentam os professores da Mauá.

Mas em relação à sua implementação na indústria, vale destacar que a tecnologia existe e não precisa de um grande investimento, embora o problema esteja na articulação e na eficiência do sistema brasileiro, com empecilhos como o tributário, por exemplo.

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