O termo “Economia Circular” vem sendo cada vez mais usado por empresas de diversos segmentos, incluindo o industrial.

A propósito, a economia circular na indústria é uma alternativa memorável para quem quer atender aos desafios propostos pelo século 21 no que diz respeito à saúde dos negócios e, principalmente, da humanidade.

A prática permite que a indústria alavanque os negócios ao mesmo tempo em que reduz os impactos ambientais e gera novas oportunidades ao universo da manufatura.

Entenda o que é Economia Circular

Trata-se de uma iniciativa de sustentabilidade multissetorial que reúne pessoas e organizações empenhadas em transformar a cultura linear em circular.

O objetivo é incentivar o desenvolvimento de novos processos, produtos e atitudes, rumo a um mundo mais consciente e focado no coletivo.

A economia circular na indústria nada mais é do que uma oportunidade de gerar cada vez mais valores a partir da mesma quantidade de insumos e recursos utilizada normalmente.

Além de preservar o planeta, ela contribui com o gerenciamento das crises, evitando a escassez e o desperdício dos materiais.

Incluindo as vantagens econômicas, a economia circular na indústria gera benefícios sociais e ambientais. São parâmetros corporativos com os quais todos ganham.

Para se ter uma ideia do que estamos falando, separamos exemplos de empresas que aderiram à economia circular e já estão colhendo frutos. Acompanhe!

Economia circular na indústria do aço

Quando o assunto é economia circular na indústria, podemos citar a ArcelorMittal e suas soluções sustentáveis.

A empresa comercializa e reusa internamente em torno de 90% dos resíduos gerados na produção. Além disso, realiza permanentes investimentos em pesquisas, estudos e projetos inovadores, sempre considerando soluções circulares.

O objetivo, segundo a companhia, é associar desenvolvimento ao melhor uso de recursos, de modo a pensar em novas abordagens com relação aos seus produtos, avaliando todo o seu ciclo de vida e processos secundários envolvidos.

“A ArcelorMittal é destaque na indústria do aço na área de sustentabilidade. Ela sabe que, por ser o aço uma matéria-prima segura, versátil e com alto potencial de reciclagem, pode ser reutilizado em processos industriais. Seu uso proporciona redução de impactos ambientais, economia no consumo de recursos e maior sustentabilidade para segmentos como infraestrutura, construção em geral, indústria de transformação, agronegócio e geração de energia”, divulgou a empresa.

Especialmente ao A Voz da Indústria, a ArcelorMittal conta que  possui convênio com a Universidade de São Paulo (USP) para desenvolver pesquisas relacionadas à economia circular.  O estudo possui cinco frentes de trabalho: modelo de negócios circulares; sistema de gestão ambiental; gestão da mudança; cultura organizacional, e indicadores de economia circular.

A empresa estabeleceu parcerias com indústrias automotivas e de equipamentos domésticos para intensificar a recuperação de produtos em fim de uso e aumentar a utilização de sucata como matéria-prima.

Movimento circular

A Scania, fabricante de veículos automotores, aderiu ao Movimento Circular – iniciativa que visa unir indústrias de diversos segmentos em prol da transformação da economia linear para a circular.

Para isso, a empresa criou diversas ações ecologicamente corretas. Entre elas, a transformação de uniformes velhos em matéria-prima para o revestimento de cabines de caminhões, de caixas de madeira em novas embalagens de peças, camisas promocionais em máscaras, e uniformes que seriam descartados viraram cobertores para pessoas em situação de rua.

Segundo Patrícia Acioli, responsável pela Comunicação Corporativa e Sustentabilidade na empresa, as ações de reaproveitamento de resíduos da fábrica ou de reuso de materiais colocam o pensamento circular no centro da estratégica de sustentabilidade da Scania.

Foi em direção a esse objetivo que a empresa anunciou a sua adesão ao Movimento Circular, realizado em parceria com a cooperativa de coleta seletiva Coopercaps.

“Fomos a primeira fabricante de veículos pesados a ter as metas para reduzir emissões aprovadas pelo Science Based Targets initiative (SBTi). Buscar parceiros de credibilidade e compromissos públicos são formas de gerar valor para nosso negócio. Como membro do Movimento Circular, iremos contribuir para fortalecer a cultura e a prática da circularidade dentro e fora da Scania”, diz Patrícia.

Uma das principais metas da Scania até 2025 é reduzir em 50% a emissão de gases de efeito estufa das operações industriais e comerciais do grupo.

Para alcançá-las, a empresa estabeleceu seis metas ambientais corporativas. Entre elas, reduzir 50% a geração de resíduos não reciclados por unidade produzida (ou 25% em valores absolutos) e 40% no uso de água.

Tais ações se somam a outras realizações da Scania para reduzir o impacto ambiental, como a construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes, em São Bernardo do Campo (SP), que visa tratar 72 milhões de litros de água por ano, destinando parte disso para as operações industriais da empresa e parte para o respectivo município.

“A adesão da Scania ao Movimento Circular é um marco para ilustrar as ações que a empresa já está desencadeando e potencializar tantas outras”, finaliza Patrícia.

Aprofunde-se no tema: baixe gratuitamente o nosso Guia do ESG para indústrias!