A metodologia ágil pode ser explicada como um conjunto de práticas e/ou ferramentas voltadas ao aumento da captura de valor na gestão de processos e projetos organizacionais de uma corporação. Ou seja, existe para tangibilizar o conceito de agilidade na administração dos negócios, e com total precisão.
Aqui, especificamente a indústria, levando em consideração o seu ambiente mais complexo, cuja mudança pode ser constante, bem como as incertezas e os gargalos também.
O uso da metodologia ágil é essencial para atender aos interesses de todos os envolvidos com os resultados da companhia, tais como clientes (principalmente), fornecedores, instituições governamentais e até os concorrentes.
Como o próprio conceito sugere com a palavra “ágil”, o objetivo é adquirir flexibilidade, integração, colaboração, qualidade de processos e também uma visão mais sistêmica na condução dos processos e projetos organizacionais.
Os primeiros conceitos relacionados à metodologia ágil são creditados à indústria de desenvolvimento de software. No entanto, com o advento da Indústria 4.0 e as demandas cada vez maiores, muitos outros segmentos aderiram aos respectivos princípios.
Segundo Fábio Oliva, Professor da FIA Business School, os principais são: a indústria automobilística, aeroespacial, química e de eletroeletrônicos. “Em 20 anos, as práticas evoluíram e desenharam tal cenário”.
Ainda de acordo com o professor, a metodologia ágil traz uma nova visão de negócio para as práticas de gestão de uma companhia de forma evolutiva e graças ao “Manifesto Ágil” original – declaração de valores e princípios essenciais para o desenvolvimento dos softwares. Mesmo tendo sido elaborado para o setor de tecnologia, seus princípios são inegáveis aos demais setores.
Mas como? De que forma a metodologia ágil pode beneficiar a indústria? Quais são os principais métodos? Confira as respostas a seguir!
Quais são os principais aspectos da metodologia ágil?
Conforme explica Fábio Oliva, ideias como o desenvolvimento de um produto mínimo viável (MVP) para a criação de um protótipo ou o lançamento de um novo produto com mais celeridade, por exemplo, podem ser beneficiados com o uso de tecnologias digitais.
“Isso, para melhor gestão de projetos ou de processos com relação à comunicação e a integração das equipes. A adoção de projetos sistêmicos com feedback mais curto e a possibilidade de colaboração de todas as partes envolvidas são alguns dos aspectos da metodologia ágil.”
Por que esse conceito tem conquistado cada vez mais os gestores?
Para o professor, a metodologia ágil está encantando os gestores por conta da redução de custos, de prazos de entrega e pela aceleração do processo de inovação, o que torna as empresas cada vez mais competitivas. “Assim, os conceitos, as práticas e as ferramentas ágeis estão sendo incorporadas no dia a dia das organizações”, comenta.
Como aplicar a metodologia ágil e quais são as mais utilizadas?
O primeiro passo é conquistar a confiança e o apoio de todos os líderes da corporação, mostrando a importância de deixar o processo de entrega dos produtos aos clientes mais transparente. Além disso, é essencial optar por ferramentas mais simples, que podem facilitar a vida de quem está começando com a prática.
As mais comuns são a Scrum e a Kanban – ambas auxiliam no direcionamento dos projetos com regras claras e processos simples para as atividades da respectiva equipe. Conheça!
Scrum
A Scrum é uma metodologia ágil capaz de controlar o trabalho de uma indústria, se tornando um forte aliado da produtividade, com foco na eficiência. A ferramenta divide os projetos em ciclos, os quais são chamados de sprints. Dessa forma, as tarefas a serem cumpridas são listadas em um backlog, ao passo em que no ciclo de cada sprint é feito o planejamento e a priorização das tarefas em questão.
Quem adere ao Scrum passa a realizar reuniões de acompanhamento para a verificação do status de cada tarefa a ser cumprida e para a identificação das próximas atividades. Mas atenção, as reuniões são curtas e objetivas. Aliás, esse é o foco da metodologia ágil.
Kanban
Por sua vez, a Kanban é uma ferramenta praticamente visual, que pode ser dividida em cards: to do (a fazer), doing (fazendo) e done (concluído). Nela, o usuário deve movimentar os cards elaborados para cada atividade a ser executada, de modo a sinalizar em qual etapa a tarefa está. Esse método permite, por exemplo, que toda a equipe veja qual dos colaboradores está precisando de ajuda com a demanda e de que forma um pode auxiliar o outro a fim de mover os cartões para a fase done.
Aproveite e saiba mais sobre a importância da metodologia ágil para a Indústria 4.0.