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ISO da inovação para indústrias: o que você precisa saber

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Conhecido como a ISO da inovação para indústrias, a ISO 56002 preza pela governança da inovação, permitindo que empresas inovem de forma inteligente

A inovação é uma demanda latente nos dias de hoje, essencialmente para o ambiente industrial. Porém, as constantes e rápidas transformações fazem com que as empresas se sintam completamente perdidas para manter o negócio atraente e lucrativo diante de tanta volatilidade. Para ajudá-las neste sentido, recentemente, foi lançada a ISO da inovação para indústrias.

Conhecida como ISO 56002, a ISO da inovação para indústrias preza pela governança da inovação entre empresas de todos os portes e segmentos, tendo por isso grande relevância dentro de ambientes industriais.

Essa é uma norma que está baseada em oito pilares. “Em conjunto, estes pilares permitem que indústrias de todos os portes e segmentos consigam criar um sistema para inovar de forma contínua e orgânica”, explica Alexandre Pierro, sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na implantação da ISO da inovação para indústrias.

 

ISO 56002 – A inovação com relevância na indústria brasileira

A ISO (Organização Internacional de Padronização), é uma instituição sem fins lucrativos sediada em Genebra, na Suíça. Essa organização foi fundada em 1947 com o intuito de ajudar na reconstrução das empresas devastadas pela Segunda Guerra Mundial.

A organização possui mais de 22 mil normas técnicas, sendo mais de 180 normas de sistema de gestão que visam o estabelecimento de padrões mundiais para a gestão de negócios.

Desde sua fundação, a ISO é a maior referência mundial em modelos de negócios. Entre as normas mais adotadas estão as de qualidade (9.001), gestão ambiental (14.001) e saúde e segurança ocupacional (45.001).

No entanto, Alexandro Pierro explica que com as transformações advindas das novas tecnologias, a instituição decidiu criar um modelo de gestão para inovação, a 56002. “Em 2013, a ISO criou um grupo de estudos internacional, o ISO TC-279, a fim de mapear as melhores práticas de inovação de todos os 164 países-membro. Ao longo desses anos, muitos países colaboraram ativamente, como foi o caso da França, Canadá, Portugal, Rússia, Espanha, Inglaterra e o próprio Brasil”.

Assim, em 2019, a ISO 56002 foi finalmente publicada. Pierro diz que, desde seu lançamento, a relevância da ISO da inovação para indústrias é bastante grande. “A partir desse modelo de gestão, indústrias de todos os portes e segmentos conseguem criar um sistema para inovar de forma contínua e orgânica, além de ser um modelo para auxiliar na adoção de novas práticas da Indústria 4.0”, cita.

A norma sugere a criação de um funil de inovação, onde pessoas de todas as áreas e níveis hierárquicos devem apresentar suas ideias, que deverão ser validadas de acordo com os critérios estabelecidos pela empresa.

“Via norma, são definidos os recursos disponíveis para a inovação, como pessoas, conhecimento, infraestrutura e recursos financeiros. A empresa traça suas metas e define os processos para alcançá-las”, completa Pierro.

 

Pilares da ISO da inovação para indústrias

A ISO da inovação para indústrias está baseada em oito pilares – direção estratégica, abordagem por processos, realização de valor, liderança com foco no futuro, cultura colaborativa, adaptabilidade e resiliência, gestão de incertezas e gestão de insights. Com base nestes pilares, a ISO 56002 defende que uma inovação pode ser um produto, serviço, processo, modelo, método ou a combinação de qualquer uma delas.

Segundo o sócio-fundador da PALAS, o conceito de inovação é caracterizado por novidade e valor. Em suma, isso significa que ideias sem a manifestação de valor não são inovações e sim invenções.

“A grande proposta da norma é criar um processo de governança para a inovação, fazendo com que a empresa crie uma base sólida para inovar de forma inteligente e constante”, complementa Alexandre.

Pierro salienta que a terminologia da norma principal com o número dois é um indício de que ela é uma norma de diretrizes e não de requisitos. Ou seja, ela aponta caminhos, mas entende que não há uma receita única para todas as empresas.

“Inovação é um campo de estudos muito amplo, vasto e complexo. A ISO entendeu que o que funciona em uma empresa, pode não funcionar em outra. Por isso, além de entender profundamente todas essas normas, os profissionais envolvidos no processo de implementação devem ter um profundo conhecimento sobre metodologias e ferramentas de inovação para conquistar resultados realmente efetivos”, defende Pierro.

 

Processo de certificação da ISO da Inovação para processos industriais

Segundo Alexandre Pierro, o processo de certificação da ISO da inovação para indústrias é simples, com a ISO 56002 podendo ser implementada em empresas de todos os portes e segmentos.

“É possível fazer a implementação em um único departamento ou na empresa como um todo. Há ainda casos de implementação em várias unidades ao mesmo tempo, inclusive em países diferentes, no caso de multinacionais”, explica.

O primeiro passo para obter a certificação da ISO 56002 é a realização de um assessment. “Essa medida avalia qual é o nível de aderência de uma empresa em relação aos pilares da norma”, cita Pierro. Depois disso, inicia-se o processo de implementação, que leva de quatro a seis meses, dependendo do nível de complexidade e da maturidade da empresa em relação ao tema.

Por fim, quando o sistema de gestão de inovação fica pronto, uma certificadora faz a auditoria de certificação, que, se aprovada, emite o atestado de conformidade da ISO 56002.

Com a certificação, a empresa conseguirá, dentre muitas outras vantagens, transformar ideias em resultados. “Vemos muitas empresas com sofisticados laboratórios de inovação, gerando ótimas ideias, mas que, por falta de processos bem definidos, acabam nunca saindo do papel. Com a ISO 56002, as ideias são levadas a sério. Colocamos a criatividade para emitir nota fiscal”, enfatiza Pierro.

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