Você conhece algum profissional pessimista sobre a situação do mercado de trabalho com o avançado da Indústria 4.0? O discurso que, na maioria das vezes, toma como base a redução da mão de obra esconde uma verdade bem diferente: as vagas continuam. O que elas têm como diferenciação do modelo atual é a busca por profissionais altamente qualificados em todas as camadas da indústria. Conheça abaixo os impactos da indústria 4.0 no mercado de trabalho.

Segundo o artigo Forces of change: Industry 4.0, elaborado pela Deloitte, “a Indústria 4.0 pode habilitar e desafiar os funcionários a fazer muito mais. Empresas conectadas podem explorar a criação de dados, enquanto o casamento de mundos físico e digital pode obrigar os trabalhadores a realizar tarefas complexas, variáveis e muitas vezes imprevisíveis, que exigem a capacidade de acessar e entender esses dados”.

Veremos, a seguir, o efeito da Indústria 4.0 no mercado de trabalho e quais são as suas oportunidades.

Os impactos da indústria 4.0 no mercado de trabalho

Os avanços na tecnologia, que são a base da Indústria 4.0, vão remodelar os negócios e os cenários econômicos durante os próximos 10 a 15 anos, segundo especialistas do setor. Para analisar os efeitos quantitativos sobre a força de trabalho industrial com a transformação digital no trabalho, veremos os 10 casos de uso mais influentes para essas tecnologias na indústria:

  1. Controle de qualidade baseado em Big Data, utilizando algoritmos baseados nos dados históricos para identificar problemas de qualidade e reduzir falhas no processo produtivo;
  2. Produção assistida por robôs flexíveis que realizam operações manuais simples, como montagem e empacotamento;
  3. Veículos autônomos para executar o transporte interno de materiais dentro da indústria através da automação;
  4. Simulação da linha de produção com o uso de softwares que permitem a otimização desses processos internos;
  5. Rede de fornecimento inteligente com monitoramento constante de toda a rede de fornecedores para tomar as melhores decisões;
  6. Manutenção preventiva realizada de forma remota para evitar danos em equipamentos;
  7. Máquinas como serviço fornecidas pelos fabricantes, incluindo a manutenção necessária;
  8. Produção auto-organizada com o uso de máquinas capazes de otimizar a sua produção;
  9. Fabricação aditiva de peças complexas com o uso de impressoras 3D, capazes de criá-las rapidamente,
  10. Otimização do trabalho, manutenção e serviço. A quarta dimensão facilita a orientação operacional, assistência remota e documentação.

Qualificações do profissional da indústria 4.0

Com todas essas mudanças na força de trabalho, o profissional inserido na Indústria 4.0 precisa estar adaptado a essa nova realidade, certo? É por essa razão que estão mudando as qualificações buscadas para que sejam alcançados bons resultados de trabalho.

De acordo com a carta do SENAI sobre Indústria 4.0, “é fundamental qualificar os profissionais das empresas em técnicas como programação, robótica colaborativa e análise de dados, assim como desenvolver competências socioemocionais com métodos para estimular a criatividade, o empreendedorismo, a liderança e a comunicação”.

Os profissionais ainda são necessários para operar todas essa revolução tecnológica que surge. Entretanto, em vez de serem necessárias apenas capacidades manuais, são cada vez mais valorizadas as habilidades do futuro, mais intelectuais. É esse o perfil de profissional que faz a diferença na Indústria 4.0.

Geração de oportunidades no mercado de trabalho

As oportunidades abertas para o mercado de trabalho com a Indústria 4.0 já podem ser visualizadas na prática. Na publicação Talent for Survival, da Deloitte, são apresentados os dados do mercado de trabalho do Reino Unido. No período entre 2001 e 2015, a tecnologia contribuiu com a perda de 800 mil empregos, mas nesse mesmo período foram criadas 3,5 milhões de novas estações de trabalho com a ajuda da Indústria 4.0.

Matt Hancock, secretário de Estado de Digital, Cultura, Mídia e Esporte no Reino Unido, resume essa tendência: “devemos automatizar o trabalho e humanizar empregos. Vamos dar o mundano para as máquinas e o propósito de volta para as pessoas”.

*Este material é um publieditorial, sob responsabilidade de TOTVS