A cada novo ano, o setor industrial passa por diversas mudanças, fazendo com que as estratégias traçadas no passado possam não se aplicar mais à realidade do ano seguinte. Mas, em um ano após a pandemia, o planejamento anual para a indústria exigirá ainda mais cuidados!
Neste cenário, muitos empreendedores não entendem a necessidade de atualizar seus objetivos e metas, ou como será o comportamento do setor para o próximo ano. Com isso, acabam por sofrer as consequências decorrentes de um mal planejamento.
Assim, diante desse um ciclo desafiador, é vital aprender com a crise e dedicar tempo extra para elaborar o planejamento anual para a indústria.
Acompanhe a importância do planejamento anual para a indústria e confira algumas dicas para não errar nesse processo.
Por que fazer o planejamento anual para a indústria o quanto antes?
Por definição, o planejamento anual para a indústria é a ferramenta que determina quais são os objetivos do negócio e o que é preciso fazer para que estes sejam atingidos, como explica Alexandre Pierro, sócio-fundador da PALAS:
“O planejamento anual para a indústria serve para definir os objetivos estratégicos do setor para o próximo ano, bem como as ações e medidas necessárias para alcançá-los”.
Além disso, planejar é uma medida essencial para todos os portes e segmentos industriais. Para comprovar isso, Pierro cita uma das máximas da administração moderna:
“O que não é definido, não é medido, e o que não é medido, não pode ser gerenciado, ou seja, quanto antes a empresa iniciar seu planejamento, melhor”.
Neste sentido, alguns fatores comprovam a importância da realização do planejamento anual para a indústria o quanto antes. Segundo Marcos Kayser, CEO da Scopi, o planejamento com antecedência:
- Agiliza e torna mais eficaz o acompanhamento das metas, dos projetos e das ações;
- Integra tudo a todos os níveis dentro da organização;
- Melhora a produtividade das pessoas;
- Qualifica as entregas das ações e dos projetos;
- Inova, fazendo o estratégico virar rotina;
- Preserva a história da organização.
Questões internas e externas: o que considerar para um bom planejamento
Uma dúvida bastante comum entre gestores diz respeito aos que pontos precisam ser considerados para que o planejamento anual para a indústria seja o mais assertivo possível.
Neste cenário, estes pontos variam de empresa para empresa, mas de modo geral, é inegável a importância de mapear tanto questões internas quanto externas.
As questões internas são ocorrências que estão sob o controle da empresa e que podem, de alguma forma, influenciar na capacidade da organização atingir os resultados esperados.
“Tais questões podem ser tanto negativas quanto positivas e exigem a avaliação de questões como operação, marketing, finanças, recursos humanos, infraestrutura, tecnologias, entre outros”, indica Pierro.
As questões externas também interferem nos resultados esperados. Contudo, elas não estão sob o controle da empresa, pois são fatores como economia local e global, mercado nacional e internacional, câmbio, produção de matéria-prima, política, legislação, cultura, tendências de mercado, entre outros.
Passo a passo para o plano de ação do planejamento anual
Para fazer o planejamento anual para a indústria, é preciso seguir alguns processos facilitadores dessa tarefa.
O primeiro passo para ser mais assertivo no planejamento é a definição de objetivos, como explica o sócio-fundador da PALAS: “Para quem não sabe onde quer chegar, qualquer lugar serve. Então, a indústria precisa definir exatamente o que ela pretende ter como resultados no fim do próximo ano”.
Depois, é importante fazer o mapeamento das questões internas e externas, bem como os papéis e responsabilidades de todos os stakeholders diretos e indiretos. “Nessa etapa devemos revisar os objetivos estratégicos, redefinir as metas e distribuí-las aos responsáveis”, completa Kayser.
Uma vez sabendo exatamente onde se quer chegar e o precisa fazer para conquistar esse objetivo, é preciso partir para o próximo passo: a definição das métricas e indicadores. “São eles que vão mostrar se a empresa está no caminho certo ou não”, indica Pierro.
É importante, também, que, periodicamente (no máximo a cada três meses), a empresa faça uma análise precisa do que foi definido e o que já foi ou não conquistado. Essas análises periódicas vão ajudar a gestão a buscar possíveis alterações rota, se for o caso.
A COVID-19 é, na concepção de Pierro, um claro exemplo dessa mudança de rota. “Certamente, a pandemia não entrou no planejamento estratégico de nenhuma empresa, mas demandou um novo plano de ação, capaz de criar medidas emergenciais e redefinir a estratégia”.
Essa capacidade de adaptação do replanejamento estratégico é justamente o que diferencia as empresas de sucesso em momentos como o que estamos vivendo atualmente.