Design thinking, em linhas gerais, é uma estratégia que foi pensada para servir como um direcionamento criativo para o desenvolvimento de novos produtos, serviço e ideias, criar oportunidades, pensar em novos modelos de negócio e proporcionar inovação. Por isso, o design thinking para indústrias pode ajudar na criação de novas soluções para lidar com a alta competitividade e a comoditização de produtos, por exemplo, além de ser um recurso valioso para o lançamento de novos itens no mercado.

Neste artigo, compreenda o que é e como funciona o design thinking para indústrias. Acompanhe a seguir.

Design thinking: conceitos

Quando se fala em design, comumente algumas pessoas logo pensam na linha criativa estética de produtos, serviços e campanhas. Entretanto, o design thinking é mais do que isso. Na tradução, seria algo como “pensamento de design” ou “pensar como designer”.

Já na prática, pode-se dizer que design thinking é uma abordagem que busca a solução de problemas com base nas perspectivas dos stakeholders, ou seja, envolvendo todos os públicos de interesse do projeto.

Neste cenário, é possível dizer que o design thinking faz com que as empresas pensem em novas ações e projetos de forma mais humanizada, colocando as pessoas interessadas no centro de tudo, valorizando, assim, a empatia, a colaboração e a experimentação. É o que reforça Gustavo Vieira, professor do curso de Design Thinking Experience da plataforma AprendeAí. 

“Design thinking é uma abordagem, um mindset, uma forma de pensar e encarar desafios, de diferentes níveis de complexidade. Utilizamos três pilares: Empatia, Colaboração e Experimentação. É uma abordagem centrada nas pessoas, sejam elas clientes finais, parceiros ou colaboradores”, afirma.

Como o design thinking pode ajudar a otimizar os processos na indústria e a resolver problemas na produção?

Conforme Vieira, o design thinking é “uma nova proposta para obter novos resultados nas indústrias. Resultados que são obtidos por meio de um processo imersivo e colaborativo, de entendimento profundo do problema, para reformulá-lo e abrir espaços de divergência e geração de novas possibilidades. Possibilidades que, antes de serem implementadas, podem ser testadas, aprimoradas e desenvolvidas de maneira mais certeira, envolvendo as pessoas ao longo do processo, que se sentirão parte da solução desenvolvida e ajudarão a acelerar a implementação da solução”, resume o especialista.

Aplicando o design thinking em indústrias

É possível aplicar o design thinking para indústrias de todos os portes, independentemente do desafio ou do nível de negócio.

Aplicar a abordagem de design thinking para indústrias ajuda a contribuir para transformar o modo como as empresas pensam em soluções, além de ser uma forma de criar novas oportunidades de lucratividade. Em momento de recuperação de crise, esse pode ser um fator-chave.

Para aplicar o design thinking para indústrias, em linhas gerais, é necessário seguir as seguintes etapas:

1. Imersão

Neste primeiro momento, a equipe deve mergulhar de forma aprofundada nas pesquisas. Entender o negócio, verificar por meio de uma análise SWOT bem elaborada, as suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Quanto mais dados sobre a empresa, mais assertivo será o desenvolvimento e, consequentemente, o retorno do projeto para a indústria.

2. Análise

Com o material reunido durante a imersão, é momento de estudar. Entender de maneira lógica e organizada todos os processos, etapas, acertos e falhas faz parte desse estágio.

3. Ideação

Aqui, é o momento de fazer brainstorming – isso é, reuniões nas quais as equipes contribuem criativamente com suas ideias para a resolução de um problema. Nessa etapa, juntam-se as necessidades da sua empresa com as do seu público-alvo para fomentar ideias e gerar insights. Quando toda a equipe participa do processo de criação, soluções inovadoras começam a aparecer e é assim que grandes projetos vão tomando forma.

4. Prototipagem

Nesse estágio, a ideia ganha forma e se transforma em algo mais concreto. O protótipo de uma ideia, produto ou serviço serve para se perceber como uma determinada solução se comporta na prática.

5. Teste

Uma das regras para entender a real efetividade de uma ação é utilizar métricas para medi-la. Testes podem abranger a funcionalidade, qualidade e até a aceitação do público-alvo. Assim, evitam-se erros e gastos desnecessários.

Desafios para o design thinking para indústrias

Por tratar-se de uma nova abordagem, ou mindset, pode ser desafiante dar início a um projeto de design thinking para indústrias. Para vencer esse desafio, Gustavo Vieira tem algumas dicas.

“É importante que se confie no processo e nas pessoas envolvidas durante o projeto. Pode ser que, no começo, as ferramentas não sejam aplicadas da melhor forma, pode ser que os resultados não sejam os melhores em um primeiro projeto – e está tudo bem! Vale sempre o aprendizado! A dica aqui é começar e testar a abordagem em desafios menores e nos complexos, de baixo risco e baixo investimento, para que as pessoas que irão conduzir o projeto tenham mais experiência e mais confiança de que vai dar tudo certo”, aconselha o professor.

E então, ficou mais claro para você como o design thinking para indústrias pode ser aplicado em seu negócio? Para conhecer outras metodologias e boas práticas para gerar diferenciais para sua empresa, baixe o e-book que preparamos sobre como enfrentar a alta competitividade com o auxílio do marketing.