A Indústria 4.0 traz para o setor industrial novos conceitos a serem trabalhados. Além disso, abrem-se novas possibilidades de desenvolvimento. Trata-se de um trabalho onde a agilidade e o bom aproveitamento da tecnologia são as grandes bases. Exemplo disso é a coleta de dados, que é o primeiro ponto para uma melhoria de todo o processo de produtividade em um mercado altamente competitivo e no qual, cada vez mais, só sobreviverá quem tem uma gestão de produção ágil e eficaz. Embora a aplicação desses conceitos seja fundamental para quem busca o crescimento, pesquisa desenvolvida pela TOTVS e realizada pela H2R Pesquisas Avançadas, chamado de Índice de Produtividade Tecnológica (IPT), mostrou que as empresas brasileiras estão pouco preparadas para esse novo cenário.
As indústrias que participaram da pesquisa, em uma escala de 0 a 1, obtiveram 0,52 pontos. Isso demonstra que o desafio está na utilização correta de ferramentas já implementadas.
O estudo de Índice de Produtividade Tecnológica demonstra que, apesar das constantes mudanças do mercado e informações disponíveis, o Brasil está aquém da quarta Revolução Industrial, tendo que enfrentar alguns desafios para manter-se competitivo no cenário global.
“Mais cedo ou mais tarde, todos serão inseridos na Indústria 4.0, seja para obter resultados diretos com a adoção das novas tecnologias ou para se manter relevantes na cadeia de valor da qual a empresa faz parte. Para alguns setores, as tecnologias estão mudando o modelo de negócio que era praticado há anos, mantendo-se alinhado aos novos comportamentos e exigências do mundo atual”, destaca a diretora de manufatura, logística e agroindústria da TOTVS, Angela Gheller.
Para complementar a análise feita sobre esse novo momento, a diretora traz ainda dados que deixam mais claro esse cenário.
“Se analisarmos cerca de dez anos atrás, as indústrias representavam 20% do PIB do Brasil. Hoje, representam em torno de 11%. A aplicação das tecnologias direcionadas à Indústria 4.0, permite às empresas uma grande evolução em produtividade, personalização e redução de custo para melhorarem seus indicadores e desempenho”, enfatiza.
Dicas para melhorar o Índice de Produtividade Tecnológica da indústria
O primeiro passo para melhorar o Índice de Produtividade Tecnológica é entender qual é o nível de maturidade da empresa. A partir do entendimento do seu estágio atual, será possível definir a melhor estratégia para evolução do processo como um todo.
Naturalmente, a mudança não virá de uma hora para outra, é necessário estruturar um plano que deve começar explorando as ferramentas já implementadas, buscando extrair o máximo delas, utilizando a inteligência dos dados para tomada de decisões e, a partir disso, implementar novas soluções integradas às existentes, sempre alinhadas ao que faz sentido ao modelo de negócio da organização.
“Esses são pilares-chave para o sucesso de um projeto de Indústria 4.0 bem-sucedido no contexto da indústria brasileira”, comenta Gheller.
Dentre essas demandas trazidas e estimuladas pela indústria 4.0 para melhorar o Índice de Produtividade Tecnológica, cabe destacar que investimento em capacitação dos envolvidos em busca da melhoria do uso das ferramentas e criação de um ambiente propício para evolução da cultura de transformação digital é crucial.
“Se, por um lado, temos a necessidade de explorar os recursos disponíveis, por outro, as empresas precisam se adaptar a clientes cada vez mais exigentes, aumentando, com isso, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos. Esses aspectos obrigam as empresas a terem um alto nível de flexibilidade. No entanto, sem o benefício das novas tecnologias, seu modelo de negócio estará obsoleto e não conseguirá alcançar níveis de produtividade necessários”, resume..
Você conhece o Índice de Produtividade Tecnológica de sua indústria? O que achou dos resultados trazidos por essa pesquisa? Deixe sua mensagem nos comentários.