O mundo corporativo e industrial tem um novo guia: a sigla ESG (Ambiental, Social e Governança Corporativa, no português), que se torna cada vez mais presente no dia a dia da gestão de empresas de todos os segmentos.
A maioria dos consumidores dão prioridade para produtos e serviços de empresas capazes de investir em práticas sustentáveis. A sociedade está cada vez mais ciente da importância do compromisso com essas práticas.
Nesse sentido, estas exigências estão levando as indústrias a repensarem seus processos em busca de novas soluções.
A digitalização, por exemplo, permite um maior controle sobre as atividades, gerando um envolvimento direto com a agenda ESG. Com isso, as soluções são desenvolvidas dentro de ecossistemas tecnológicos e para diversos fins.
Logo, a digitalização pode ser considerada a “cereja do bolo” para os gestores conseguirem abraçar, de fato, o ESG, garantindo sustentabilidade e efetividade aos negócios.
Continue a leitura para entender os impactos.
ESG: a nova face da indústria
“Para aumentar o compromisso com a agenda ESG, é preciso que as empresas passem a olhar o meio ambiente como um ativo”, alerta Waldir Bertolino, Country Manager da Infor no Brasil.
No entanto, segundo o estudo “Transformação ESG: toda boa mudança começa com a gente”, da Vértico, apenas 17% das empresas (de diferentes vertentes) contam com uma área focada no respectivo assunto há mais de cinco anos. Ou seja, o interesse é mesmo recente. Por isso, é preciso falar sobre o tema, de modo a trabalharr a maturidade do ESG nas indústrias brasileiras.
Segundo Waldir, indústrias de diferentes segmentos devem correr rumo a essa agenda, validando o interesse pela sustentabilidade, a responsabilidade social e mostrando que são administradas de maneira correta.
Mais do que nunca, é hora de repensar as atividades diante aos desafios de lidar com a gestão de processos poluentes e de resíduos, por exemplo.
ESG e os dados do setor industrial
De acordo com a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), com a valorização do ESG no mercado, muitas indústrias já incorporaram essa solução em seus objetivos principais. “Em uma pesquisa realizada com 100 empresas, 71% delas afirmaram que estão se mobilizando para adotar medidas sustentáveis como parte da sua estratégia de crescimento”.
Para a ABII, a tendência é que cada vez mais empresas adotem estratégias ESG dentro do escopo para construir um bom relacionamento com seus públicos.
“Isso reflete diretamente a importância dessa solução para o desenvolvimento e destaque no mercado.”
Diante disso, fica claro que a transformação digital e o uso de tecnologia da própria Indústria 4.0 tendem a facilitar a agenda ESG, reforçando as ações e medidas adotadas pela indústria.
Digitalização e a agenda ambiental
A digitalização é uma medida integrada para impulsionar o desempenho da indústria, fortalecendo o seu papel com as práticas de ESG – na proteção ao meio ambiente e com ações em visem construir um bom relacionamento com a sociedade.
Além de ajudar com a produtividade, a transformação digital torna a indústria mais responsável e sustentável. Um exemplo simples: o papel deixa de ser usado (ou há uma redução), uma vez que os processos são digitalizados.
Outra ideia é criar canais de denúncias digitais, que podem ser disponibilizados no site da empresa, de modo que ela mostre ao público o seu papel ativo no combate às práticas de corrupção contra o meio ambiente.
Obviamente, a Inteligência Artificial também é uma opção, principalmente, para detectar comportamentos suspeitos e práticas duvidosas como, por exemplo, a violação de dados e corrupção.
Já a Indústria 4.0 ajuda a melhorar a cadeia produtiva da indústria, de modo que o processo de manufatura dos produtos tenha uma melhor ergonomia para os colaboradores. Os acidentes de trabalho são evitados e a empresa desempenha o seu papel ativo na segurança dos profissionais atuantes. Neste sentido, os próprios robôs autônomos podem também ajudar a evitar sobrecarga de trabalho, garantindo qualidade de vida a todos.
Outras operações de digitalização para ESG na indústria podem ser implementadas como, por exemplo, um sistema de gestão para melhorar a tomada de decisões com relação ao impacto da indústria de manufatura e seus processos fabris no meio ambiente e na própria comunidade onde está localizada.
Indução às boas práticas ESG
De acordo com a ABII, “o uso de tecnologias pode ser uma espécie de indutor do ESG nas companhias e, ao mesmo tempo, uma forma de torná-lo economicamente viável”.
Por sua vez, Waldir da Infor afirma que “o principal gargalo para o avanço dessa agenda ainda está na pressão pelo resultado imediato”.
O executivo acredita que a migração para ecossistemas mais sustentáveis pressupõe um olhar para além da entrega imediata e mostra a necessidade de mudança dos processos e políticas muito enraizadas.
“O tempo dedicado à mudança impacta os resultados imediatos e, portanto, grande parte das empresas acaba não fazendo essa escolha. Por isso, é essencial buscar plataformas que, além de aumentar os controles e a gestão, ainda facilitem uma mudança rápida, com mínimo impacto no negócio”, finaliza.
Para se aprofundar mais no tema, baixe o exclusivo Guia ESG na indústria.