A indústria mundial, seja lá qual for o seu segmento, vive um período revolucionário e altamente tecnológico. A convergência de novas tecnologias digitais, sistemas cyber-físicos, o aprimoramento da nanotecnologia e o aumento do poder computacional têm mudado o cenário competitivo entre as empresas e os hábitos de consumo.

Este quadro de transformação digital tem mostrado que tudo pode ser feito de maneira diferente, conectando máquinas e pessoas para a geração de negócios. Mas como extrair valor dos recursos digitais disponíveis?  Segundo Angela Gheller Telles, diretora dos segmentos de manufatura e logística da TOTVS Consulting:

“Para acompanhar o processo de transformação, deve-se ter em mente três pilares centrais: ter uma estratégia voltada para a transformação digital e a adoção de novas tecnologias; focar na simplicidade e agilidade e otimizar processos com o uso de plataformas, Internet das Coisas (IoT), machine learning e outras tecnologias disruptivas.

Camila Almeida, gerente de consultoria do segmento de Indústria da Logicalis, acrescenta que a inovação para a Manufatura Avançada vai além da implementação da tecnologia pela tecnologia:

“É essencial considerarmos a maneira como uma ferramenta ou solução é utilizada, garantindo que ela promova impactos positivos na gestão do negócio como um todo, seja na manutenção preditiva, realizada por meio de sensores, dados e painéis de análise de dados em tempo real, ou com a integração de tecnologias da informação e automação, que são grandes agentes para alavancar os resultados e impactar diretamente, inclusive, os resultados financeiros.”

Nesse sentido, primeiramente, é fundamental identificar quais processos devem ser priorizados, levando em consideração o nível de maturidade da indústria. Camila sugere, portanto, que o primeiro passo é avaliar o uso da tecnologia e o seu provável impacto no negócio, antes de se optar pela implementação.

A adoção de ferramentas de Big Data, por exemplo, que transformam dados em informações, são capazes de indicar a direção para as próximas etapas. Sobre este assunto, Angela afirma que “os dados são o core da Indústria 4.0 e as ferramentas de Data Analytics podem resultar no aumento da produção e reduzir a ociosidade das linhas de produção.

As ferramentas de IoT são outras grandes aliadas da nova indústria, permitindo que produtos e materiais sejam inventariados de forma mais ágil, ou que máquinas sejam conectadas, tornando a produção mais dinâmica e atualizada. Isso possibilita avaliar as variáveis da produção em tempo real e disparar processos automaticamente.

A mobilidade é outro ponto chave da Indústria 4.0, visto que planejar adequadamente as paradas de produção para manutenção e setup, assim como gerir em tempo real os ativos da fábrica, são essenciais para uma linha de produção eficiente. Para isso, a executiva da TOTVS lembra que o industrial pode contar com apps para celulares e tablets, que agilizam o registro e o acompanhamento das ocorrências de manutenção.

O fato é que as tecnologias disruptivas estão aí e já são realidade do chão de fábrica da indústria contemporânea.  E a sua implementação pode ser feita de forma gradual, reduzindo riscos e o investimento inicial.

Você já tem utilizado algum desses recursos digitais na sua indústria? Conte a sua experiência nos comentários e continue acompanhando o nosso canal de conteúdo.