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Ao se investir em novas máquinas-ferramenta, quer seja por arranque de cavacos, por abrasão, por deformação ou por adição de material, diversos pontos devem ser analisados, com o objetivo de se atingir os melhores resultados técnicos e econômicos. Hoje em dia, com a rápida evolução tecnológica, existem inúmeros tipos e conceitos de máquinas-ferramenta, desde as convencionais, puramente mecânicas, até as de moderna tecnologia digital, de comando numérico computadorizado (CNC), tendo diversos eixos controlados simultaneamente, que possibilitam operações complexas por completo numa única fixação, eliminando trabalhos posteriores em outras máquinas, e desenvolvidas para integração nos trabalhos de Manufatura Avançada dentro dos conceitos da Indústria 4.0.

Assim, antes de se decidir pelos equipamentos a serem adquiridos, os seguintes pontos básicos devem ser considerados:

  • Tamanho e peso das peças em bruto;
  • Geometria das peças acabadas a serem produzidas;
  • Suas tolerâncias;
  • Seus graus de acabamento superficial (rugosidade);
  • Materiais das peças a serem produzidas;
  • Tamanho dos lotes de fabricação.

A aquisição de máquinas-ferramenta novas deve ser analisada com base em uma série de fatores técnicos e econômicos que levam ao melhor resultado, tais como:

  • Custo total do equipamento, considerando seu preço e valores dos impostos, do transporte e da instalação;
  • Efeito econômico da condição de pagamento;
  • Prazo de entrega;
  • Custo do ferramental de corte;
  • Custo dos meios de refrigeração;
  • Gasto com energia elétrica;
  • Custos com manutenção e peças de reposição;
  • Área ocupada pelo equipamento;
  • Características construtivas da máquina;
  • Capacidade da máquina de produzir peças por completo, eliminando operações posteriores;
  • Processo de fabricação das peças;
  • Tempo do ciclo de fabricação das peças, determinante da produtividade da máquina;
  • Tempo de preparação do equipamento;
  • Conforto operacional nos trabalhos de operação e de manutenção;
  • Precisão e grau de acabamento superficial dos produtos acabados;
  • Integração da máquina em células flexíveis de manufatura;
  • Conexão da máquina a controles digitais avançados da produção.

O equipamento escolhido deverá ser aquele que, pela sua produtividade e pelos seus fatores econômicos, apresente a melhor relação “Custo x Benefício”. Ao se realizar um novo investimento em uma máquina-ferramenta ou em um conjunto de equipamentos, aqueles escolhidos simplesmente pelo menor preço raramente resultam na melhor opção.

Obviamente, os recursos financeiros devem estar compatíveis para a realização do investimento dos equipamentos desejados.

Em função dos resultados técnicos e econômicos obtidos e com base nas necessidades de produção, a pesquisa dos equipamentos a serem consultados e analisados a fim de se definir a escolha da máquina-ferramenta ideal, os seguintes passos devem ser considerados:

  • Pesquisar os fabricantes das máquinas-ferramenta desejadas;
  • Analisar os equipamentos disponíveis no mercado;
  • Solicitar cotações e assessorias técnicas dos equipamentos e do processo de trabalho;
  • Visitar instalações dos fabricantes para conhecer suas estruturas operacionais e de pós-venda;
  • Solicitar aos fabricantes listas de referência de suas máquinas em operação no mercado;
  • Visitar empresas que já possuam o equipamento desejado;
  • Realizar testes de usinagem prévios na fábrica dos fornecedores nos casos de produção de peças de geometrias complexas e que exijam tolerâncias e graus de acabamento superficial apertados;
  • Visitar feiras e exposições do setor é uma valiosa fonte de informações.

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Alfredo Ferrari é Engenheiro Mecânico, Vice-Presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta da ABIMAQ.