A terceira edição do evento digital na Indústria Xperience, promovido pela Informa Markets e pela ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), chega ao último dia nesta quinta-feira (18/11) e contou com painéis sobre tecnologia, conectividade na indústria e inovação. O último dia contou, ainda, com a palestra do professor Clóvis de Barros Filho – Doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da USP.  

O painel que abriu a agenda do dia, “Profissionais para uma Nova Indústria”, girou em torno de uma discussão sadia sobre os novos profissionais, especialização de mão de obra e desafios para as indústrias. Alexandre Gewehr – TI Manager da AGCO, citou a necessidade de regras para a governança corporativa. “Precisamos trabalhar o ambiente e os processos para receber esse profissional que acaba de sair da faculdade e que é, de fato, quem irá compor esta nova indústria”, disse. 

A também palestrante Andressa Schneider – CO-Founder da 99Jobs, empresa focada no mercado de RH, comentou sobre a necessidade de treinamento direcionado ao perfil de recém-formados, que possuem um grande talento, mas precisam de desenvolvimento específico para a nova indústria. Já o professor Néstor Fábian Ayala – Professor da UFRGS, completou que muitas empresas já têm a “sua própria universidade interna” para complementar este aprendizado, enquanto outras fazem parceria com universidades. “Temos observado uma aproximação da indústria com a educação superior”, salientou. 

 

Diversidade  

“Diversidade e Inclusão na Industria em Transformação” foi o tema da segunda palestra da manhã desta quinta (18). As palestrantes Camila Ribeiro – Consultora de RH da Votorantim Energia, e Camila Berteli – Gerente de Atração e Engajamento da Nexa Resources (Grupo Votorantim), falaram sobre as boas práticas de inclusão nas empresas.  

“Você não pode fazer uma palestra sobre inclusão e depois não falar sobre o assunto, não ter ninguém no seu time que faça a diferença”, salientou Camila Berteli. A profissional também comentou sobre o trabalho que a empresa tem no Peru e as diferenças culturais que somaram aprendizados. “Lá tivemos de entender um pouco da história local, pois a mineração é algo ligado à cultura Inca. De acordo com a cultura, uma mulher entrar na mina trazia má sorte, por isso fez parte do trabalho conversar, trazer mulheres e começar a experimentar aos poucos.”, exemplificou. 

Sobre o universo LGBTQIA+ as profissionais ressaltaram ainda o embate cultural e a diferença do discurso e da prática. “Ainda temos piadas e casos homofóbicos nas empresas, por isso a importância do código de ética. Não adianta falar que eu respeito, mas quero longe de mim. Isso não é inclusão”, disse Camila Berteli. 

Inovação: conceito, atitude e identidade 

“Inovar é progredir. Em tempos de bonança, tão necessário quanto nas crises. Inovação é criatividade, imaginação”. Essa foi a temática da palestra do professor Clóvis de Barros Filho – Doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da USP, palestrante há mais de dez anos no mundo corporativo, consultor e autor de diversos livros.  

Barros, para exemplificar a importância da inovação, comparou a natureza do homem e dos animais e o fato da inovação ser uma prerrogativa do homem. E, portanto, ser necessário confiança e coragem. “Toda escolha pressupõe possibilidades que são dados da realidade imaginada. A possibilidade é algo da nossa atividade mental. Eu posso pensar que vou me aposentar e nunca mais trabalhar. Isso diz muito sobre o meu imaginário, e é meu direito”, disse. 

O palestrante disse que inovação tem de ser “algo bom, não necessariamente novo”. Como analogia, Barros comparou um livro de 30 anos com um lançado recentemente. “O fato de ser novo não garante ser melhor que o antigo. Inovação não é valor simplesmente porque o novo não é garantidamente bom”, comentou. “O novo é bom quando não reduz os valores principais da vida do homem”, completou. 

Encerramento 

A jornada de painéis da Industria Xperience finalizou com debates sobre o mercado de máquinas-ferramenta no pós-pandemia, uma conversa com os especialistas do mercado internacional da AMT, Associação de Tecnologia de Manufatura dos EUA, sobre os impactos e aprendizados da pandemia nos principais mercados do mundo e sobre o futuro do mercado de máquinas ferramenta. O painel contou com Edward Christopher que supervisiona os centros internacionais de tecnologia da AMT e Achilles P. Arbex , Gerente Geral do Centro de Tecnologia AMT. 

“Como vender para a Europa neste momento de novas oportunidades” também foi um tema focado no último dia da jornada, que teve a exposição de Daniel Afonso, Chief Operating Officer, TRC. “Exportar é importante. Em uma sociedade globalizada, exportar significa recursos e reputação. Contudo, adquirir esta reputação exige conhecimento do mercado para o qual se planeja exportar”, disse. 

O tema “Lubrificantes industriais: Como aumentar a produtividade” fechou o evento virtual promovido para o público de FEIMEC e Expomafe. Dois representantes da Petrona Lubricants International, empresa que fabrica e comercializa uma linha completa de lubrificantes automotivos e industriais de alta qualidade, falaram aos presentes. Tarcizo Filho, gerente Nacional de Vendas da Petronas e João Luis Amaral Sant’anna, assistente Técnico da empresa, comentaram para onde o progresso no setor tem levado. 

“Estamos entre os dez maiores players de lubrificantes do mundo, vendemos em torno de um bilhão de litros por ano”, disse Tarcizio Filho. “A estratégia de construir centros de excelência e desenvolvimento de pesquisa ao redor do mundo foi a chave do nosso sucesso”, completou. 

 

A qualquer momento é possível acessar as palestras destes três dias no site www.industriaxperience.com.br. A Industria Xperience é uma plataforma digital das feiras FEIMEC e EXPOMAFE, cujos conteúdos ficam disponíveis para acessos, e de forma gratuita, o ano todo.