A transformação digital já está acontecendo e faz parte de nossas vidas, por isso, é cada vez mais importante que acompanhemos de perto essa mudança na indústria e na sociedade.
A presença feminina na migração para a Indústria 4.0 é um destes pontos que valem a pena ser acompanhados de perto. Afinal, esta é uma área em que ainda há um desiquilíbrio entre o número de homens e mulheres – e essa está longe de ser uma questão de qualificação.
“Quando falamos em transformação digital, muitos partem da perspectiva relacionada as mudanças tecnológicas, mas estamos falando aqui de uma mudança muito maior, uma mudança de cultura. A cultura da organização no contexto em que vivemos busca sair do estereótipo do autoritarismo para um ambiente auto organizado, com diversidade de perspectiva. A partir daí, não é preciso ressaltar a importância do papel da mulher e da diversidade de gêneros nesta construção”, afirma Fabiana Mello, coach na Clínica Tobias em São Paulo.
O mercado de tecnologia para as mulheres
Para você ter uma ideia, a taxa global de participação das mulheres na força de trabalho ficou em 48,5% em 2018, de acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Quando trazemos o comparativo para a área de tecnologia, vital para a transformação digital, temos como referência a participação de apenas 20% de mulheres na lista dos CIOs da Forbes Fortune.
Na maioria das vezes, a falta da presença feminina vem de pouco incentivo ou de um mercado já estigmado como masculinizado, o que acaba afastando ainda mais o interesse das mulheres pela área.
Os desafios enfrentados pelas mulheres
Apenas o fato de o mercado ser majoritariamente masculino já faz com que as mulheres precisem quebrar grandes barreiras para alavancar a Indústria 4.0.
Em conjunto, todas essas situações acabam criando barreiras para as mulheres no mercado. E, muitas vezes, a tentativa deixa de ser considerada justamente por as dificuldades serem maiores.
Transformação digital feminina
Vale a pena dizer, no entanto, que a perspectiva é que o mercado também comece a se transformar neste sentido.
No projeto CNI, cujo objetivo é impulsionar a adesão da Indústria 4.0 pelo Brasil, a meta já é trazer mais mulheres para a área. Para eles, incluir a presença de mulheres na área de tecnologia é sinônimo de ampliar o conteúdo intelectual e, assim, aumentar a competitividade feminina.
Para os profissionais que estão à frente do projeto, a Indústria 4.0 precisa de pessoas que unam habilidades pessoais com cognitivas. Afinal, muito mais do que entender da parte técnica, é fundamental que os profissionais sejam multitarefas, saibam trabalhar em equipe e tragam uma boa bagagem profissional.
Competências diversas agregam conhecimentos variados
Para os empresários do setor, é importante ter em mente o quão valiosa uma equipe multidisciplinar pode ser. E isso envolve tanto os conhecimentos técnicos e as experiências anteriores, quanto mesclar pessoas de diferentes sexos e faixas etárias.
“A automação de tarefas e aplicação de inteligência artificial neste contexto, faz com que o profissional tenha que colocar a disposição muito mais capacidade cognitiva. Nossa atitude e comportamentos são os diferenciais neste contexto, e neste sentido, acredito que características como Empatia, Comunicação, Respeito as diferenças, Flexibilidade entre outras serão essenciais”, comenta a coach.
Para as mulheres, é importante começar a derrubar essas barreiras. O mercado não deixará de ser majoritariamente masculino enquanto não houver maior entrada de mulheres nele.
É importante quebrar preconceitos e mostrar que a mulher pode, sim, ter um papel vital na transformação digital. Para isso, basta seguir com o excelente trabalho que já é desenvolvido pelo público feminino e perder o receio de, inclusive, empreender na área.
E na sua empresa, como está a proporção de contratações de homens em relação à de mulheres? Que tal começar a voltar os olhares para essa importante questão e, assim, agregar mais valor ao negócio?
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