A manufatura aditiva em metais tem como principais benefícios a facilidade e rapidez para a produção de peças com geometrias complexas. A tecnologia, que atende intensamente as indústrias automotiva e aeroespacial, é uma realidade bastante consolidada na Europa e nos Estados Unidos, mas chega ao Brasil de forma mais lenta.

O que dificulta o seu avanço no País é ainda o alto custo das impressoras 3D para metais. Apesar disso, já existem laboratórios brasileiros que se esforçam para atender a crescente demanda.

Vale lembrar que, na manufatura aditiva em metais, os componentes são criados a partir de pó e luz laser. Existem, atualmente, dois processos mais conhecidos nesse sentido: o LMF (Laser Metal Fusion) –  também chamado de impressão 3D metálica, cria a peça camada por camada a partir de um pó – e LMD (Laser Metal Deposition) – gera um banho de fusão na superfície do componente, na qual um material aditivo metálico é aplicado continuamente em forma de pó e então é derretido.

Diogo Coraza, gerente de aplicação da TRUMPF, dá um exemplo de como o método LMD funciona. “Digamos que um  cliente tem um molde de injetora, no qual precisa fazer um reparo ou colocar um material mais nobre. Diferentemente do que acontece com o LMF, neste caso, ao aplicar o laser na superfície da base, se joga o pó, como se fosse um arame.  A partir daí, é feito um revestimento para a reconstrução da peça 3D ou para criação de uma proteção sob a superfície de um material não muito nobre e que demanda posteriormente algo melhor”, esclarece.

Os cuidados na manufatura aditiva em metais

O manuseio de materiais como cobalto e titânio, por exemplo, exige um cuidado especial por serem inflamáveis. Sendo assim, é necessário que o trabalhador que for operar a máquina utilize os devidos equipamentos de segurança.

Já o pó – um dos principais materiais utilizados nesse processo – é uma partícula extremamente fina, que requer  a utilização de um equipamento apropriado, além de máquinas com cabos fechados, para evitar o contato do trabalhador com o material.

Os benefícios da manufatura aditiva em metais

Um dos principais benefícios da manufatura aditiva em metais é a economia de tempo que ela oferece em relação ao preparo dos protótipos, conforme destaca Coraza. “No caso do setor automobilístico, a impressão em metal pode ser feita em apenas algumas horas.”

O especialista destaca, ainda, a utilização da manufatura aditiva em metais na área médica. “Quando há a necessidade de fazer implantes dentários, com a impressão 3D é possível escanear, fatiar e mandar produzir uma peça em algumas horas, com quase 100% do material que você colocou, tendo a mesma temperatura, característica e densidade”, salienta.

O benefício da manufatura aditiva com o uso do laser é bastante expressivo também na área aeroespacial, sobretudo no que diz respeito ao reparo de turbinas de avião, peças com características anatômicas impossíveis de serem feitas com processo de usinagem.

O que você achou da ideia de aplicar a manufatura aditiva em metais na sua indústria? Deixe sua mensagem no campo de comentários abaixo.