Inspirados em animais da natureza, como águas-vivas e pinguins, os Bionics são robôs desenvolvidos pela Festo – multinacional alemã líder em automação industrial -, com o objetivo de inspirar a aplicação do aprendizado biônico na automação de linhas de produção no futuro.
“Eles são fruto de uma plataforma de desenvolvimento de novas tecnologias e de todo o conhecimento acumulado em processos de pesquisa”, resume Marcelo Pasqualucci, coordenador de marketing da Festo.
Por isso, podem ser fonte de inspiração para produtos industriais no curto, médio e longo prazo, além de estarem superalinhados com o conceito da Indústria 4.0. “Podemos citar como exemplo dessa relação a conectividade entre as máquinas, representada nos BionicsAnts (formiga). Isso porque o comportamento coletivo desses insetos representa como serão as interações entre os equipamentos industrias que deverão atuar de forma cooperada”, explica o profissional.
Como são projetados os Bionics?
O Bionic Learning Network, criado em 2006 na Alemanha, reúne biólogos, engenheiros, estudantes e pesquisadores para descobrir como a vida biológica pode contribuir para o desenvolvimento da tecnologia. Todos os resultados e análises são enviados para cinco centros de pesquisas espalhados pelo mundo, incluindo o Brasil. Não à toa, o resultado de tanto trabalho vem rendendo bons frutos para a indústria.
“Os músculos pneumáticos que desenvolvemos são aplicados em vários segmentos industriais. O princípio de funcionamento deles é baseado na fibra muscular que contrai ou expande, movimentando peças. Além disso, temos as garras flexíveis utilizadas em setores alimentícios”, afirma Marcelo.
Entre os produtos trazidos recentemente ao Brasil pela empresa alemã, destaque para o “AirJelly”, robô inspirado no movimento das águas-vivas, com sistema mecânico inteligente e versátil, mantido no ar por um balão de gás hélio e controlado remotamente, e o “Air Penguin”, que faz alusão aos simpáticos pinguins, com nadadeiras de torção passiva que o fazem voar para frente e para trás.