A programação de conteúdo para a EXPOMAFE 2025 está repleta de temas relevantes para a indústria. Um deles, que você confere um teaser neste texto, foca no passivo trabalhista gerado a partir da saúde e segurança do trabalho. 

Mônica Schotgues, Engenheira Mecânica e de Segurança, se apresentará no Parque de Ideias na quinta-feira, 8 de maio, às 16h10. Com a palestra “Como identificar o nexo causal entre doença e posto de trabalho dentro das indústrias”, a especialista compartilha um método matemático que pode ser implementado para monitorar riscos ergonômicos dentro da linha de produção. 

Confira essa prévia de conteúdo e programe-se para participar! 

“Engenheiro transforma eventos em números” 

Em entrevista para A Voz da Indústria, Mônica adiantou que sua palestra é resultado de muitas análises e perícias técnicas durante sua carreira. 

“Em 2013, fui intimada a realizar perícia judicial para diagnóstico de nexo causal em processo trabalhista no qual a Reclamante advinha de empresa com grande demanda de afastamentos por alterações em tecidos articulares, aparentemente decorrentes de risco ergonômico, sinalizando Grupo Homogêneo de Exposição (GHE); mas as análises ergonômicas anuais juntadas aos autos pela Reclamada negavam quaisquer agentes relacionados às alterações evidenciadas; e o INSS também não reconhecia o nexo causal.” 

Esse trabalho pericial será apresentado em detalhes na palestra. 

Método Schotgues 

Para diagnosticar nexo causal entre o posto de trabalho e doença, Mônica criou o Método Schotgues, que o público poderá conhecer no Parque de Ideias da EXPOMAFE. 

Além de informações sobre operação do maquinário e Programas de Saúde e Segurança (PGR, PPRA, PCMSO), o método se embasa na análise de frequência de códigos CID (Classificação Internacional de Doenças) nos documentos médicos do trabalhador durante o pacto laboral; nas respectivas datas; e nos movimentos realizados no posto de trabalho. 

As curvas matemáticas resultantes permitem visualizar a evolução do processo de depreciação dos tecidos articulares. 

“A grande sacada do método ocorreu quando identifiquei que os traçados das curvas matemáticas resultantes são similares para diferentes articulações do corpo, quando os movimentos laborais constituem Ciclos Repetidos de Deformação na articulação (diferente de repetitividade); e que os colapsos convergem com elementos mecânicos de máquina suscetíveis à fadiga mecânica.” 

Mônica acredita que, com a aplicação do método, a indústria poderia estruturar rodízios e prevenir a evolução de colapsos nos tecidos articulares. 

Acompanhe o conteúdo na EXPOMAFE 2025! 

Nesta edição, o evento contará com dois palcos: o tradicional Parque de Ideias e o Palco A Voz da Indústria. Outras atrações também serão oferecidas, como o Demonstrador da Indústria 4.0 da ABIMAQ, a Escola Móvel SENAI e outras novidades. 

A programação é gratuita! Você já pode se credenciar para visitar a EXPOMAFE e aproveitar todas as oportunidades de conhecimento e networking

Mais informações no site oficial do evento: www.expomafe.com.br