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O que é recuperação judicial?

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Assunto em alta em diversos setores econômicos, entenda o que é o processo de recuperação judicial e o que a indústria precisa saber

Segundo informações do Serasa Experian, o Brasil deu um salto no número de recuperações judiciais (RJ).

Para se ter uma ideia, de janeiro a outubro de 2023 foi registrado um aumento considerável – 1.128 companhias recorreram a essa medida. Esse dado equivale a 61,8% a mais do que em 2022.

O que é recuperação judicial?

Mas o que é, de fato, a recuperação judicial? Por que a indústria deve saber a respeito?

A recuperação judicial é uma ferramenta legal que as empresas, independentemente do segmento, possuem para tentar resolver possíveis crises financeiras, viabilizando e reestruturando as suas atividades no mercado.

Ou seja, o objetivo é evitar a falência da companhia e proteger também os direitos dos credores envolvidos.

Por exemplo, quando uma indústria se encontra em perigo de falência, pelo contexto da recuperação judicial, pode elaborar um plano para reorganizar as suas finanças.

Essa tática deve incluir propostas para a renegociação dos débitos, planos de reestruturação dos contratos, além de estratégias para recuperar a saúde financeira, bem como a reputação do seu nome no mercado.

Concordata?

De acordo com Eduardo Bazani, Sócio-diretor da Nordex Consultoria Empresarial, a recuperação judicial nada mais é do que uma concordata – como era chamada antigamente esse tipo de ação.

“Acontece quando a companhia, com dificuldades de quitar seus compromissos, fecha um acordo com seus credores para negociar a dívida e, finalmente, recuperar a estabilidade financeira.”

Recuperação judicial e indústria

Especialmente para o setor industrial, a recuperação judicial pode ser uma medida vital.

Muitas vezes, as indústrias tendem a enfrentar certos desafios, os quais muitas outras empresas não precisam. Por exemplo, o alto custo da produção e seus insumos, a complexidade da cadeia de suprimentos, a instabilidade da economia e os mercados, etc.

Bazani exemplifica: “a crise econômica, agravada com a chegada da Covid 19, e alguns outros fatores mercadológicos e administrativos justificam o aumento do número de pedidos de recuperação judicial no Brasil”.

Pedidos de RJ

Quando uma indústria apresenta o seu pedido de recuperação judicial, acaba ganhando tempo para reestruturar o operacional, bem como renegociar os contratos com os fornecedores. Também, para resolver diversas situações com os clientes.

Neste cenário, é preciso implementar todas as mudanças necessárias e melhorar a eficiência da empresa. Somente assim ela voltará a ter competitividade.

“Para enfrentar essa situação de crise, a reestruturação empresarial assume grande importância. A consultoria de turnaround exerce um papel fundamental para a recuperação e saúde financeira da empresa, pois é ela quem dá um toque na recuperação judicial.”

Garantias da recuperação judicial

Além de tudo o que foi citado, a recuperação judicial garante que a respectiva indústria continue a operar, ao passo em que busca (e encontra) soluções para os gargalos jurídicos e financeiros.

No entanto, não se pode esquecer que essa mesma medida não é definitiva.

Um plano sólido de reestruturação é essencial, mas principalmente o comprometimento de todos os responsáveis pela empresa, além dos demais envolvidos na situação, como fornecedores, colaboradores, etc.

Para o Sócio-diretor da Nordex, o importante é fazer o diagnóstico profundo na busca de soluções, detectando o motivo da empresa estar em crise, o tamanho da ferida e como estancá-la.

Em suma, podemos dizer que a recuperação judicial pode dar uma segunda chance à indústria que está enfrentando problemas e permitir que ela supere todos os gargalos financeiros.

A RJ é uma grande aliada da economia, por isso, é fundamental que as empresas sejam cuidadosas quanto às suas medidas.

“O melhor dos cenários é implementar ações para prevenir a crise, ou seja, adotar a reestruturação empresarial como papel estratégico para promover a modernização do negócio, além de proporcionar eficiência na gestão e no mercado de atuação, visando aumentar lucros e diminuir gastos. Pode-se dizer que é uma estratégia para reorganizar a empresa e aplicar medidas preventivas e corretivas, a fim de causar melhorias em todos os setores, evitando crises.”

Para se aprofundar no tema, confira o e-book exclusivo Gestão de Crise para indústrias em 6 passos

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