A contratação de pessoas com necessidades especiais além de se tornar uma obrigação legal a empresas com mais de 100 funcionários gerou uma oportunidade de melhorar todo o processo produtivo da indústria, pois a inclusão pode qualificar as relações e estimular a inovação a partir da construção de um olhar diferente sobre um produto, serviço ou processo. Antes de abrir a vaga, contudo, é preciso ter atenção a alguns pontos que garantem a efetividade do trabalho.
Em primeiro lugar, é preciso estudar a acessibilidade do ambiente e estabelecer alguns pontos já obrigatórios por lei como rampas de acesso, banheiros adaptados e reserva de vagas em estacionamento próximas aos acessos de circulação de pedestres.
Feito isso, chega o momento de partir para a definição do escopo de trabalho. Nesse ponto, Marco Ornellas, consultor e diretor da Ornellas – Consultoria Empresarial em RH e Escola de Recursos Humanos, faz um importante alerta: nem todos os funcionários estão livres de preconceitos. É preciso, então, que o gestor faça um estudo detalhado para entender onde o novo funcionário se adaptará melhor.
“Sabemos que existe uma questão legal, mas ainda hoje vejo empresas que não aceitam bem. A questão de acessibilidade não é somente das estruturas, mas também das pessoas”, analisa.
Essa própria definição, inclusive, pode ser uma das mais importantes na fase da contratação. Recomenda-se gerar uma discussão interna, em que seja possível entender o comportamento dos funcionários, dos setores, e definir: onde a pessoa entrará melhor, qual a área mais fácil para ela se adaptar?
Ao entender a dinâmica da empresa e possível ver onde o funcionário com necessidades especiais vai cooperar melhor e também vai absorver mais conhecimento para seu crescimento profissional.
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