As tecnologias avançadas da Manufatura Avançada (ou Indústria 4.0) oferecem uma grande oportunidade para que empresas adotem programas de eficiência energética. Afinal, a indústria usa uma grande quantidade de energia para alimentar uma gama diversificada de processos de fabricação e extração de recursos.
“Há uma série de processos e serviços de energia que são amplamente utilizados em muitos setores. Muitos dependem de tecnologias e processos específicos em uso em cada instalação industrial. No entanto, a gestão eficaz de energia na indústria, independentemente do tamanho, da tecnologia ou do processo, deverá aumentar a eficiência energética em pelo menos 5%”, afirma Alexandre Watanabe, especialista em Indústria 4.0 da Fundação da CERTI.
Tecnologias disruptivas que reduzem o consumo de energia industrial
Ao adotar novas tecnologias, é possível ter uma significativa economia no orçamento de energia de uma indústria, sem sacrificar a qualidade do produto manufaturado.
Com os mais recentes avanços da Inteligência Artificial (IA) nos campos da robótica, as indústrias estão, agora, explorando as possibilidades de incorporá-la para aumentar as perspectivas de um consumo mais eficiente de energia.
A capacidade de compactar e de analisar grandes conjuntos de dados da IA pode ajudar os gestores a monitorar e a interpretar as informações produzidas pela indústria para otimizar o consumo de energia.
A adição da Internet das Coisas (IoT), por outro lado, pode permitir economia direta de energia para as fábricas inteligentes de hoje.
Muitos especialistas recomendam sistemas de monitoramento em tempo real baseados em IoT, para se obter o melhor uso de energia. Com certeza, o monitoramento ajuda a rastrear o consumo de energia, mas isso pode não levar diretamente à conservação de energia.
Para isso, o monitoramento de energia em tempo real deve levar a melhores previsões de uso de energia e tornar-se um guia para implementar o equipamento de energia de nível de carga correto.
Outro exemplo é o Cloud Computing (computação em nuvem), uma estratégia mais eficiente do que manter a computação local e física. A computação em nuvem é uma maneira mais eficiente de operar a infraestrutura de computação.
“As melhorias na eficiência impulsionadas pela nuvem são muitas, mas o forte impulsionador primário é o aumento da utilização. Todas as empresas precisam provisionar sua infraestrutura de computação para uso de pico”, ressalta o representante da Fundação CERTI.
A nuvem suporta muitos produtos por vez, para que possa distribuir recursos com mais eficiência. Isso significa que se pode fazer mais com menos energia. Assim, quando toda a carga computacional de uma indústria é hospedada na nuvem, evita-se o enorme investimento em infraestrutura física e também o desperdício no consumo energético para manter tudo ligado.
Dessa forma, o uso de dispositivos de medição e controle fornece uma base para documentação e gerenciamento claros de todos os dados de energia disponíveis. Um intercâmbio contínuo de informações, monitoramento permanente e registro de dados proporciona um equilíbrio energético transparente e compreensível.
E isso permite, por sua vez, a identificação direta de fontes de erros e aprimoramentos oportunos em sistemas individuais. Essas medidas, juntas, ajudam a garantir que a eficiência energética na indústria seja mantida permanentemente em foco. Dessa forma, é possível fazer um eficiente gerenciamento de energia, armazenar energia renovável e influenciar o desenvolvimento sustentável no presente e no futuro.
Você já conhecia o potencial das novas tecnologias para a eficiência energética na indústria? Conhece outros exemplos de inovações disruptivas que podem otimizar o consumo de energia no chão de fábrica? Deixe sua mensagem nos comentários.