As tecnologias envolvidas na Manufatura Avançada (Indústria 4.0) farão cada vez mais parte do cotidiano das empresas, sendo premissas para o sucesso dos negócios na esfera industrial.
E para um futuro bem próximo, uma grande tendência é o uso da robótica na realização de atividades cada vez mais sofisticadas, ágeis, qualificadas e abrangentes. Nesse contexto, a Engenharia Robótica e os profissionais dessa área ganham destaque.
Mas o que é Engenharia Robótica?
A Robótica é uma área interdisciplinar que engloba disciplinas como Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação. Já a Engenharia Robótica, especificamente, é responsável pelo design, desenvolvimento, operação e programação de robôs.
Por meio dela, acrescentam-se elementos cognitivos nos sistemas industriais, de forma que eles aprendam cada vez mais a ponto de apresentarem reações conforme a melhor opção disponível.
A importância da Engenharia Robótica nas indústrias brasileiras
Atualmente, o uso de robôs é mais evidente em atividades ou ambientes que ofereçam riscos ou que demandem alto nível de precisão, resistência, força ou rapidez. No entanto, suas possíveis aplicações vão muito além disso.
“Nas indústrias, a Engenharia Robótica deve ser cada vez mais aplicada para aumentar a segurança das operações, a qualidade dos produtos e de seus processos, assim como a produtividade das empresas. Suas aplicações podem se dar em áreas como fundição, pintura, soldagem, montagem, movimentação de objetos, entre outras”, destaca Rodrigo Schimitt, professor do Centro Universitário ENIAC.
De acordo com um estudo realizado pelo Boston Consulting Group, até 2025, os robôs deverão ajudar a gerar um aumento de 30% na produtividade global da indústria e uma redução de 16% em seus custos totais.
Além disso, devem representar um diferencial competitivo expressivo perante a necessidade das indústrias de ter processos ágeis e precisos, assim como de reduzir os custos produtivos sem prejudicar a escalabilidade do negócio. O uso da Engenharia Robótica também deve ser uma premissa para a competição mais equiparada do Brasil no mercado internacional.
Na Coreia do Sul, por exemplo, já há 437 robôs para cada 10 mil trabalhadores. No Brasil, contudo, o uso desse recurso ainda é incipiente. De acordo com dados da IFR (International Federation of Robotics – Federação Internacional de Robótica), há, por aqui, 10 robôs instalados para cada 10 mil trabalhadores, número bem abaixo da média mundial (de 65 robôs).
Formação e atuação do profissional de Engenharia Robótica nas indústrias
O profissional de Engenharia Robótica, também conhecido como “robotista”, se envolve em processos relacionados à mecatrônica, programação, manutenção e operação de robôs.
Ele pode atuar, por exemplo, na programação de robôs não servos (geralmente utilizados para operações de transporte), servos (que podem realizar diversas tarefas por terem mais possibilidades de movimentos), programáveis (que podem repetir uma tarefa em determinado número de vezes e ser controlados remotamente por computador) e os colaborativos (que atuam em parceria com os trabalhadores humanos, assumindo, sobretudo, tarefas repetitivas).
Por tudo isso, diante da perspectiva de um nível de automação crescente na indústria nacional, a demanda por profissionais dessa área tende a crescer.
Entretanto, atualmente, há poucos profissionais especializados nessa área no Brasil, justamente por ser um campo mais recente. Mas isso deve mudar, pois já há alguns cursos específicos de Engenharia Robótica para a qualificação de mão de obra, inclusive, na modalidade de pós-graduação, para formação de profissionais com foco de atuação na indústria de base metalmecânica e em outros segmentos que fazem uso de manipuladores robóticos. No exterior, já há, inclusive, mestrados em Engenharia Robótica voltados à atuação internacional na área.
“Hoje, quem atua na área vem, geralmente, da Mecatrônica Industrial, da Mecânica, da Computação ou da Automação Industrial”, esclarece Schimitt.
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