A Internet das Coisas (IoT) é um conceito que se refere à interconexão digital de objetos, ferramentas e equipamentos do cotidiano com a Internet. Até aqui, nenhuma novidade.
No entanto, ela alcança várias frentes na indústria, sendo vista como uma maneira segura de executar os trabalhos.
“Quanto menos custos tiver com a manutenção, melhor será o desempenho e o custo do produto final fornecido por uma indústria”, explicou Renan Batista, Especialista em Tecnologia no Senai-SP, em sua palestra no Parque de Ideias da EXPOMAFE 2023 – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial.
Segundo o especialista, a IoT é viável porque existe uma combinação de tecnologias.
São elas: sensores de baixo custo, processadores de baixo consumo de energia, Cloud escalar, conectividade, orquestração e análise de dados.
Internet das Coisas (Internet of Things – IoT): definição
Conforme ressaltou Renan, a IoT é definida com a palavra “ubiquidade”. Trata-se de um adjetivo vindo do latim que, em português, significa estar em toda parte ao mesmo tempo.
“Ubiquidade neste sentido é uma rede de dados e tecnologias de comunicação sendo disseminadas por toda parte”. É fundamental que as indústrias aproveitem a respectiva oportunidade para adquirir diversos benefícios ante ao mercado.
Entre eles, a transformação digital (manutenção preditiva e monitoramento e controle de processos) e novos modelos de negócios (monitoramento e controle remoto, análise de dados e sistemas de predição).
“A IoT industrial nada mais é do que uma extensão da IoT voltada para a indústria do futuro”, pontua o representante do Senai-SP. Essa informação, segundo ele, é pautada na comunicação entre máquinas, no Big Data e em outros recursos inovadores.
“Além disso, diversas plataformas e softwares fazem análises avançadas dos dados produzidos e coletados durante os processos produtivos.”
O funcionamento da IoT na indústria é baseada em três tecnologias:
Sensores inteligentes
Eles dão aos objetos e máquinas a capacidade de percepção e geração de dados importantes.
Industrial Analytics
Transformam os dados em informações e ações essenciais.
Máquinas inteligentes (Smart machines)
Atuam de forma autônoma com base na resposta da análise de dados.
Onde a IoT pode ser implementada?
A IoT proporciona diversas oportunidades de conexão às indústrias. De acordo com Renan, é possível contar com diversos equipamentos e softwares que trarão impactos relevantes ao cotidiano da empresa.
A sugestão do especialista, neste caso, é: “mapeie os processos e identifique os desafios e gargalos”.
Ainda conforme Renan, o objetivo é “fazer mais por menos”. Ou seja, minimizar e eliminar desperdícios, obter melhorias contínuas, ter compromisso com a qualidade da produção e produzir just in time.
IoT na produção
O principal destaque do uso da IoT na produção é o fato de que máquinas e sensores podem atuar conectados reportando a performance da linha em tempo real. Ainda, auxilia na tomada de decisões e no controle da produção.
Montagem assistida
Com relação ao processo de montagem, a IoT dispõe de dispositivos e ferramentas integrados a processos, de modo a enviar informações para o controle da manufatura. Entre as vantagens estão: eliminação de falhas, controle e rastreabilidade.
Manutenção preditiva
As novas ferramentas da IoT, como a própria automação e os sensores, trouxeram novas frentes e sistemas para tornar a análise e as ações em campo mais rápidas e assertivas.
Logística
Rastreabilidade e controle são alguns dos benefícios da IoT no setor de logística da indústria. Diversas melhorias ganham destaque, entre as quais mitigação de falha humana, redução de perdas e custos operacionais, velocidade e controle.
Além disso, a logística pode contar com soluções integradas para o controle do estoque por meio de um sistema digital de cadeia de ajuda e Kanban digital.
“É um quadro de sinalização que controla os fluxos de produção ou transporte na indústria”, explicou o palestrante.
Para finalizar, ele ressaltou: “a IoT na indústria é mais um passo de transformação digital. Utilizar dispositivos e sistemas conectados entre si é prezar pela coleta de dados em tempo real. Uma boa análise pode levar o gestor industrial a tomadas de decisão mais fundamentadas”.
Assista à palestra completa na Indústria Xperience!