Flexibilidade, customização e alta escala. Apesar dos termos não combinarem inicialmente entre si, todos esses fatores vão atuar em conjunto com a chegada da Indústria 4.0.

Assim, será possível atender as demandas de consumidores cada vez mais exigentes, ao mesmo tempo em que as empresas não precisarão aumentar os custos ou o tempo de produção para entregar produtos customizados.

Ainda parece algo muito contraditório para acontecer em um futuro próximo? Então, você não pode deixar de ler esse artigo e entender como a customização em massa vai acontecer na Indústria 4.0!

O que é customização em massa?

“Customização em massa é a capacidade de ofertar produtos ou serviços personalizados, que atendam às demandas individuais dos consumidores, mas que podem ser produzidos e entregues com a eficiência da produção em massa“, explica Vitor Nardelli, pesquisador chefe do Instituto SENAI de Inovação em Metalmecânica.

Dessa forma, a customização em massa surge para atender os desejos específicos de cada cliente, tornando a empresa mais competitiva. E, apesar de parecer como algo caro, a Indústria 4.0 permite chegar a esse nível de personalização com baixo custo e prazos de entrega curtos.

Em outras palavras, a customização em massa permite fabricar produtos individualizados em uma linha de montagem. Com isso, a flexibilidade e a agilidade na produção ganharão níveis nunca vistos antes.

Customização em massa na Indústria 4.0

A Indústria 4.0 traz uma série de novas tecnologias que permitem modernizar as fábricas e, assim, torná-las mais inteligentes e produtivas. Dessa forma, elas são fundamentais para que as empresas consigam responder e se adaptar rapidamente às mudanças do mercado consumidor.

“Com o emprego destas tecnologias, começa a fazer parte da realidade das empresas coletar e processar grandes quantidades de dados (Big Data e Analyitcs), provenientes de diferentes fontes, e suportar as tomadas de decisões em tempo real”, explica Nardelli.

Além disso, o especialista ressalta o uso de simulações, que colaboram para o desenvolvimento de produtos e para a otimizações de processos. Dessa forma, a tomada de decisões é mais eficaz e os processos mais flexíveis e inteligentes.

“A infraestrutura de TI das empresas precisará se adequar às demandas de integração de sistemas de produção, tanto integração horizontal, quanto vertical. Essas tecnologias possibilitarão uma melhora na flexibilidade, velocidade, produtividade e qualidade dos processos de produção”, afirma Nardelli.

O especialista ainda frisa que a produção mais flexível e customizada demandará soluções e desafios que podem ser atendidos por tecnologias, como manufatura aditiva, robótica colaborativa e realidade aumentada. “Essas são as bases para a adoção de novos modelos de negócios, processos de produção e outras inovações. Tudo isso permitirá um novo nível de customização em massa”.

As vantagens da customização em massa

A customização em massa, na verdade, nada mais é do que uma resposta às novas exigências do consumidor. Por isso, quem não se adaptar a essa realidade corre sérios riscos de perder a competitividade e fechar as portas.

“A possibilidade de aumentar o portfólio de produtos personalizados a um custo competitivo em relação a produtos tradicionais é uma potente ferramenta de agregação de valor a uma marca. E esta se configura como uma das principais vantagens da customização em massa”, complementa Nardelli.

O especialista exemplifica esse novo cenário com a seguinte situação. “Imagine um consumidor que pode entrar em uma plataforma web e escolher entre diferentes opções de cores e personalizações para o seu veículo. Com a customização em massa, a empresa transfere a competitividade por produtos de preço mais baixo, pilar da massificação de processos, para a decisão do quanto ela pode investir a mais para ter um produto ou serviço que reflete a sua personalidade”.

Como investir para alcançar esse patamar?

De acordo com Nardelli, adotar a customização em massa proposta pela Indústria 4.0 pode, a princípio, indicar um alto impacto nos custos de algumas empresas. No entanto, o preço do produto não é a barreira nesse cenário.

Segundo a pesquisa da Deloitte, Made to Order: The rise of mass personalisation, publicada em 2015, 1/5 dos consumidores estão dispostos a pagar até 20% a mais por um produto personalizado. Para tanto, é preciso entender o que o cliente deseja e, aí sim, definir as possibilidades a serem ofertadas para que elas vão de encontro a essas expectativas.

“Os processos devem ser flexíveis, integrados e capazes de produzir grandes volumes, de modo tão eficiente quanto os processos tradicionais, sem que haja variação significativa nos custos. Neste contexto, as empresas devem estar preparadas para inovar e incorporar as tecnologias preconizadas pela Indústria 4.0”, finaliza o especialista.

A customização em massa não deve ser tratada como um modelo de negócios isoladamente, mas como um conjunto de ações e recursos organizacionais que podem enriquecer e complementar um sistema existente.

E você, como enxerga o conceito de customização? Conte pra gente pelos comentários e até a próxima!

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