No cenário atual da indústria, a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa ganham cada vez mais importância. Empresas estão sob crescente pressão para adotar práticas mais transparentes e alinhadas aos princípios da pauta ESG (Ambiental, Social e Governança).

Por isso, medir e monitorar indicadores e métricas é fundamental para garantir a longevidade dos negócios.

Também, para atender às expectativas de investidores e clientes, cumprindo ao mesmo tempo com as regulamentações vigentes – cada vez mais rigorosas.

Neste conteúdo, A Voz da Indústria quer explorar a importância dos principais indicadores e métricas de ESG para que as indústrias possam avaliar seu desempenho de forma eficaz, integrando sustentabilidade ao core business.

Resultados em sustentabilidade: o que deve ser apresentado?

No século 21, a discussão sobre indicadores e métricas ESG remete imediatamente aos diversos frameworks e standards que podem ser aplicáveis às empresas. Fato é que, mesmo por obrigatoriedade ou voluntariamente, a atividade de reporte tem tomado muito tempo e esforço em toda a indústria.

Gleriani Ferreira, Professora da FIA Business School, explica que esse reporte tem que apresentar compromissos e uma evolução contínua. Além disso, evidenciar um contexto amigável entre os requisitos regulatórios e as estratégias organizacionais.

“Para tanto, são essenciais os principais indicadores associados à materialidade de impacto. Quem ainda não definiu a sua matriz tem que se apressar, tendo em vista a dupla materialidade que passa a valer a partir de 2025 para diversas empresas”, pontua.

Por que as indústrias devem considerar indicadores e métricas ESG como prioridades?

Ainda de acordo com Gleriani, indicadores e métricas devem ser considerados para atender regulamentações impostas às empresas de capital aberto, por exemplo, ou para setores diversos, como o industrial.

“Cada qual com suas particularidades, os indicadores e as métricas servem como balizadores das boas práticas e permitem comparações entre pares”, detalha a professora.

Para ela, indicadores são instrumentos de gestão. Isso porque, além de servirem para reporte, eles cumprem um papel estratégico de revelar:

  • Detalhes operacionais;
  • Gaps;
  • Oportunidades de melhorias.

“Eles atuam no ponto de vista ambiental, social, de governança e também econômico.”

A indústria corre riscos ao ignorar a política ESG?

Segundo Gleriani, estamos experimentando cenários inéditos. Neles, nem a ciência tem todos os cálculos devidamente validados para afirmarmos como será a recuperação das áreas afetadas por queimadas em diferentes biomas brasileiros, por exemplo, bem como no Canadá e em Portugal.

“Ou seja, não temos todas as respostas, mas aqueles que têm suas políticas de ESG bem implementadas e tomam ações de mitigação, por exemplo, estão colaborando para a construção das soluções. Essas empresas participam das soluções e não apenas do problema.”

Vantagens da indústria ao utilizar indicadores e métricas ESG

Sabemos que a sociedade reconhece as empresas com boas práticas e adeptas dos indicadores e métricas ESG, essa é a primeira vantagem.

Outros benefícios incluem as linhas de créditos específicas que os bancos oferecem para projetos que são comprovadamente apoiados em métricas de sustentabilidade.

A saber, empresas que contribuem com inovações sociais têm incentivos fiscais, dentre vários outros espaços que passam a ser preenchidos apenas por organizações com suas políticas devidamente estruturadas e implementadas.

Principais indicadores e métricas ESG

Os principais indicadores e métricas dedicados à indústria fazem parte das três categorias do ESG. Eles ajudam a medir o impacto e o desempenho das práticas organizacionais.

Confira a seguir!

1. Indicadores ambientais (E – Environmental)

Eles avaliam o impacto da indústria e sua atuação no meio ambiente, bem como o uso sustentável dos recursos naturais. Por exemplo, emissões de gases de efeito estufa, consumo de energia, uso dos recursos hídricos, gestão de resíduos, pegada de carbono e poluição de efluentes.

2. Indicadores sociais (S – Social)

Por sua vez, estes indicadores medem o impacto da indústria nas comunidades, em meio aos trabalhadores, entre outras partes interessadas. As medidas compreendem saúde, segurança do trabalho, diversidade, inclusão, desenvolvimento de capital humano, direitos humanos, impactos comunitários e satisfação dos colaboradores.

3. Indicadores de governança (G – Governance)

Já estes analisam as práticas de gestão e transparência corporativa, incluindo estrutura do conselho de administração, transparência e relatórios. Também, políticas anticorrupção, compliance, remuneração dos executivos, gestão de riscos, ética e conduta empresarial.

Os indicadores e métricas ESG permitem que as indústrias estejam a par do seu desempenho. Como resultado, conseguem atrair mais clientes, novos investidores e ainda garantir conformidade regulatória. Acompanhe A Voz da Indústria e fique por dentro das principais tendências para fortalecer a reputação da sua empresa no mercado.